Capítulo 83

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  Olá, meus amores. Vamos começar a nossa despedida?
Eis que lhes apresento o último capítulo dessa longa história.
Eu quero muito agradecer a vocês por diversas coisas: pela presença, por mais que algumas não tenham comentado, vocês foram muito importantes por aqui. Pela compreensão com essa pessoa que vos escreve e responde, porque do lado de cá ainda está uma correria. Pelo carinho; sintam-se abraçadas por mim e saibam que cada uma de vocês tem um espaço no meu coração. Vocês foram de suma importância para chegarmos onde estamos. Eu juro que, se eu pegar essa história para revisar, a coisa vai ficar ainda melhor, mas, de momento, vamos deixar esse casal ter o devido descanso, depois de mais de 80 capítulos.
Quero pedir desculpa se desagradei em algum momento. Eu não sou uma pessoa de convívio muito fácil. É bem pior para quem lida diretamente comigo, acreditem.
Vemo-nos nas notas finais.

Sem mais, boa leitura.
 

Seis Anos Depois

Patricia finalmente havia terminado a sua graduação em arquitetura, mas a sua sede por mais era de impressionar. Ela estava sentada no chão da sala, brincando com nossos filhos Adam e Alyssa. Sim, gêmeos. Não poderíamos ter mais sorte. Também não poderia negar que não foi nada fácil os primeiros meses, mas eu não a deixei sozinha em momento algum. Até porque, os gêmeos também eram responsabilidade minha. Eu havia ocupado a presidência aos meus 30 anos, como prometera ao meu pai e avô, mesmo que Adam não estivesse mais entre nós, bem como Alyssa. A perda deles foi mais que dolorosa e acabou com minha esposa por três longos dias. Não. Ela não deixou nossos filhos de lado, porém, ficou realmente muito mal.

Decidi me juntar ao meu trio favorito, por mais que estivesse exausto, depois de um longo dia repleto de reuniões. A vida de presidente realmente era exaustiva, porém, eu sempre tinha tempo para brincar com meus filhos.

— Papai! — Os dois exclamaram e levantaram, correndo em minha direção.

— Oi, meus amores. — Afaguei os cabelos castanhos de ambos. — O que fazem de bom?

— Estávamos tentando convencer a mamãe a brincar de Twister — disse Alyssa, arrumando a franja. — Brinca conosco, papai.

— Filha, o papai está velho para essas coisas.

Patricia riu e se aproximou de mim, dando-me um beijinho.

— Por que demorou tanto? — Ela afagou o meu rosto.

— Estava preso numa reunião. Essa coisa de filial fora do país me matou.

— Crianças, hora de fazer a tarefa de casa.

Os dois correram em direção ao corredor, entrando em seus respectivos quartos. Não era porque eram gêmeos que iam dividir. Eu aproveitei para entrar no meu com Patricia, retirei o blazer e a gravata.

— Desculpe pelo atraso — murmurei.

— Os três últimos anos foram difíceis, amor.

Eu sentei no recamier e apertei a ponte do nariz, com uma puta dor de cabeça.

— Desculpe por isso.

— Não é culpa sua. — Paty se agachou a minha frente. — Ainda bem que já tivemos nossos filhos. Acho que ia ser bem pior se deixássemos para depois.

Eu concordei e retirei os sapatos.

— Sinto-me, cada dia que se passa, mais exausto. Tanto física quanto mentalmente. É muito mais cansativo do que eu imaginei.

— Joanne, Don, Queen e Christopher estão vindo para jantar aqui. Vou preparar algo para comermos.

— Eu vou só tomar uma ducha e já me junto a você.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora