Capítulo 62

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— Feliz ano novo, Baby — disse Patricia, colocando uma mão em minha nuca.

— Ano novo. Vida nova. — Dei-lhe uma piscadela.

Brindamos, enquanto a queima de fogos pintava o céu de diversas cores, refletindo na água. O barulho era ensurdecedor, eu não podia negar, mas estava pouco me importando com isso. Beberiquei do meu vinho e Patricia pegou a taça da minha mão e se afastou. Franzi o cenho e segui-a; ela ia em direção a casa e isso me deixou intrigado. Paty colocou as taças sobre a mesinha de centro da varanda e voltou até mim, me dando um beijo de tirar o fôlego. Enfiei uma mão em seus cabelos e tive que lutar contra a vontade de fazer amor com ela ali mesmo, na frente da casa. Patricia me afastou e deu um sorriso malicioso, me deixando querendo mais.

— Vai ter que me pegar. — E me deu uma piscadela.

Eu franzi o cenho outra vez e quando me dei conta do que ela queria, eu me apressei em segui-la, entretanto, Patricia já estava longe. Eu comecei a correr; talvez a diferença de metros entre nós dois fosse, de pelo menos, uns vinte.

— Vamos, Baby! — gritou. — Você está gordo, hein?

Eu parei de correr e passei a caminhar. Por outro lado, Patricia se divertia às minhas custas.

— Você me paga — disse e ela gargalhou.

— Aceita sexo como pagamento?

Eu paralisei onde estava e ela, mais uma vez, gargalhou. Paty me deu as costas e caminhou para longe de mim. Se era sexo que ela queria... Eu corri em sua direção e a surpreendi, abraçando-a por trás, fazendo-a dar um gritinho, enquanto meu coração batia acelerado.

— Se eu soubesse que a recompensa era sexo, teria pegado você há muito — disse, ofegante.

— Só que... — Ela se colocou de frente para mim. — Quero fazer dentro do mar.

— Alguém pode nos ver ou ouvir.

Ela mostrou o antebraço e eu o toquei, sentindo seus pelos eriçados.

— Essa ideia me excita. — E mordeu o lábio.

— Garota...

— Eu sei que está frio... — Ela olhou para o meu pau e sorriu. — Já, Baby?

— A ideia de sermos pegos me excita. — Dei uma piscadela.

Patricia se afastou, retirou o vestido de renda; o segundo que eu trouxe do Brasil, e prendeu os cabelos num rabo de cavalo. Seu biquíni preto destacava na pele clara e ela me deu um beijinho.

— Não vai entrar no mar comigo? — Ela dobrou seu vestido e colocou sobre as sandálias rasteiras.

Pensei em lembrá-la do seu medo, porém, comecei a desabotoar a camisa branca, retirei a bermuda creme e deixei sobre os chinelos. Apressei-me até a Minha Garota, abraçando-a por trás; se algum engraçadinho nos fizesse o favor de pegar nossas roupas, pelo menos estaríamos de biquíni e sunga. A água gelada arrepiou Paty outra vez e ela me apertou contra si.

— Eu estou bem atrás de você — murmurei, querendo reconfortá-la.

— Sua ereção não me deixa esquecer.

Eu ri e continuamos a entrar até sentirmos a água nas minhas costelas. Patricia logo se enroscou em mim e foi enfiando a mão dentro da minha sunga.

— Patricia... — Adverti.

— Nem mesmo com a água gelada o tamanho diminuiu.

— Estou louco pra fazer sexo com você aqui dentro. Muito excitado.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora