Capítulo 41

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Eu estava cansado, louco para ir embora e feliz por saber que a festa não duraria mais que trinta minutos para mim. Então foi anunciado que a noiva jogaria o buquê e todas as mulheres solteiras foram para a pista. Joanne subiu no pequeno palco, onde uma banda tocara um pouco de James Blunt, a pedido da minha irmã; ela era fã de carteirinha e não houve um show dele que ela não tenha ido. Surpreendi-me quando vi Patricia conversando com as irmãs do Donny.

Christie conversava com a mãe do Don e o seu sorriso se desfez quando ela viu Patricia distraída. De olhos semicerrados, mamãe falou algo com a senhora Smith e foi até Patricia, puxando-a até o meio das moças solteiras e para garantir que ela não ia fugir, ficou ao seu lado.

E o buquê foi arremessado depois de Jo fingir duas vezes.

— Paul! — chamou Don e eu o olhei. — Vem aqui.

Levantei e antes de ir até ele, vi que Patricia pegara o buquê. Eu fui até o Don que estava com o irmão.

— Oi.

— E o que você e Patricia decidiram? — perguntou, cruzando os braços. — Joan está aflita.

— Você espera um segundo?

E antes mesmo de ter uma resposta, fui até Patricia. Ela estava conversando com umas meninas e cheirou o buquê, levemente corada. No instante em que me viu, ela ficou bem vermelha e notei sua respiração se alterou. Sem que eu precisasse falar algo, as demais se afastaram. Patricia até ia fazer o mesmo, mas eu segurei em seu antebraço.

— O que vai fazer? — perguntou, num sussurro.

— Eu apenas não vou fingir que não aconteceu entre nós dois, Patricia.

Ela abriu a boca, mas nada disse e permaneceu um tempo fitando meus olhos.

— Eu te amo, Paul.

— Eu te amo, Patricia.

Eu sorri para ela e a beijei. Patricia enfiou a mão nos meus cabelos e intensificou o beijo, mordendo meu lábio inferior e puxando-o levemente.

Garota...

— Deus! — Ela jogou os braços em meu pescoço e me puxou para junto de si. — Como eu senti falta de ouvir isso.

Dei-lhe um beijinho.

— Espero que estejam juntos de novo — disse Jo.

— Nem se preocupe — disse Paty, olhando nos meus olhos. — Não o perderei por nada de novo. — E afagou o meu rosto.

— Agora terei uma lua-de-mel tranquila. — Minha irmã suspirou.

Despedimo-nos do casal e antes que eles partissem para a lua-de-mel em Fernando de Noronha, em Pernambuco, Paty e eu deixamos o local. Como fomos os padrinhos e sabíamos que minha irmã queria conhecer um arquipélago, optamos por este no Brasil pela beleza e por ser um dos melhores lugares no país para a prática de surfe. Apesar de ser de Nevada, Don sabia surfar e amava isso.

Eu morria de saudades da Minha Garota e estava louco para tê-la em meus braços e para mim novamente.

Entrei na garagem do galpão, estacionei e olhei para Patricia.

— Senti falta de entrar aqui — disse e cheirou seu buquê.

— Só disso? — Fiz-me de ofendido.

— Sim. — Paty me deu uma piscadela.

Ela saiu do carro antes que eu dissesse alguma coisa e correu escada acima, levantando a barra do vestido. Fui logo atrás e na cozinha, Patricia colocou o buquê e uma bolsa de mão sobre a ilha e eu me aproximei, abraçando-a por trás. Ela ofegou e repousou a cabeça em meu ombro, facilitando meu acesso ao seu pescoço e eu o beijei, arrepiando-a.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora