Entrei na cozinha, bebi um pouco de água e tentei não pensar no que aquele mané queria com a Minha Garota. Recostei-me à ilha, colocando a bolsa sobre o mármore e pensei em como seria a reação da Joanne. Talvez fosse a mesma do Donny: rir de mim e minha atual situação, onde Minha Garota dá mais atenção ao PlayStation 4 do que a mim. Retirei a gravata, o paletó, deixei o copo sobre a pia e fui ao quarto com minha bagunça.
Tomei uma ducha de água fria, querendo relaxar um pouco. Estava morrendo de calor. Principalmente depois de fazer amor com Patricia no meu escritório e não ter tomado um banho em seguida. Vê-la mordendo meu terno, a fim de evitar que seus gemidos fossem ouvidos foi incrível. Eu tinha Patricia em minhas mãos, bem como ela a mim. Eu seria capaz de fazer tudo por ela.
Chegava a sentir aquela eletricidade entre nós dois, sempre que estávamos próximos e a coisa piorava quando estávamos juntos demais e sem nossas roupas.
Terminado o banho, me sequei e fui até a cozinha. Abri os armários e não encontrei nada para preparar. Merda. Por que não me lembrei que não tinha nada aqui? Fiz uma careta e fechei com cuidado, pois com a raiva que tinha me atingido, seria capaz de arrancá-la.
Fui à geladeira e abri, encontrando-a apenas com algumas garrafas de água e meia de vinho. Patricia vai me matar quando vir isso desse jeito. Saí da cozinha e fui à sala. Liguei o PS4, coloquei Dark Souls e comecei a jogar.
Estava quase no mestre, quando Paty entrou.
— Amor? O que ainda faz assim?
— Estava te esperando para irmos ao supermercado — falei, concentrado na tela.
— Desse jeito?
Olhei-a e dei um pequeno sorriso.
— Desculpa. — Voltei a atenção para a TV. — Eu estou salvando o jogo.
Patricia passou por mim e foi direto à cozinha. Desliguei o Play, a TV e fui ao quarto. Vesti uma cueca rapidamente, uma bermuda jeans e uma camisa de mangas compridas vermelha. Calcei tênis sem cadarço, desci para estender a toalha na área de serviço e Paty desceu.
— As chaves do carro, sua carteira e o seu celular e a lista está comigo — disse, me entregando minhas coisas. — Vamos.
Desativei o alarme e abri a porta do carro para ela. Entrei, abri o portão automático da garagem e saí.
— Você matou o mestre daquele lugar? — perguntou ela.
— Não — murmurei, focado na estrada. — Ia, quando você chegou. Na verdade, eu ia tentar... Você me ajuda depois? — Olhei-a de soslaio e encontrei um lindo sorriso.
— Claro, Meu Bobo. Ajudo sim. — Ela segurou minha mão no volante e fez um carinho.
— Obrigado. — Peguei sua mão e dei um beijinho.
Seguimos em silêncio até o supermercado.
— Eu não vou poder demorar no galpão hoje — disse, perdida em devaneios.
— Não vamos dormir juntos? — Estacionei.
— Não. Jo está querendo fazer um programinha de meninas... — Deu de ombros. — Deu a entender que, desde que comecei a trabalhar, eu a tenho deixado sozinha...
— Tudo bem, então.
Saí do carro e abri a porta para ela.
— Quando voltarmos, você me deixa dirigir? — perguntou ela.
— Claro, Minha Garota. — Puxei-a para junto de mim e beijei sua cabeça. — O que você quiser.
— Foi incrível ir ao shopping naquele dia, antes de irmos à praia — disse, eufórica.
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Amiga da Minha Irmã
RomanceDepois de um frustrado casamento de 5 anos, Paul Jones decide voltar aos Estados Unidos, a fim de ter uma vida pacata perto de sua família. Trabalhando na empresa do pai como arquiteto, ele conhece Patricia Mackenzie, amiga de sua irmã, que até entã...