Capítulo 49

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— Lar doce lar — disse Joanne, envolvendo Patricia e eu ao mesmo tempo num abraço apertado e completamente sem jeito. — Ah, como eu amo a minha família, mas não senti nem um pouco de saudades de vocês dois. — Ela me afastou, como se estivesse fedido e puxou Paty novamente para os seus braços. A Minha Garota arregalou os olhos, exagerando, o que me fez rir. Então tomou distância com as mãos e foi a vez de a minha irmã arregalar os dela. — Eu realmente estou sentindo esse anel no dedo da minha amiga? — perguntou, me olhando nos olhos.

— Sim, está — disse e dei de ombros.

— Ah, meu Deus! — exclamou, chamando a atenção de todos ao nosso redor, deixando-me sem graça. — Vocês noivaram?

— Sim, Jo — disse Minha Garota. — E quero que você seja a minha madrinha.

— Eu te mataria se não fosse. — Minha irmã deu um sorriso meio psicopata, o que me fez recuar.

— Vem aqui, seu bundão — disse Donny, abrindo os braços e rindo, eu o abracei. — Sentiu muita falta de mim?

— Nem fodendo.

— Ainda bem que não. Acho que Paty não se sentiria confortável transando com você pensando em mim.

Joanne olhou o marido com cara de nojo, expressão que foi imitada pela Minha Garota.

— Como você é nojento — disse Jo, me fazendo rir. — E nem vem assumir a homossexualidade, ou eu arranco suas bolas nas unhas.

Eu apertei minhas pernas, já sentindo a dor e continuei rindo da cara de merda que Don tinha.

— Estamos felizes que tenha aceitado nosso relacionamento numa boa — disse Paty, me abraçando e pensar que ainda estávamos no aeroporto.

— Aceitei numa boa é o cacete! — exclamou Jo, fazendo-me parar bruscamente. — Vocês esconderam de mim. Meu irmão e minha melhor amiga se pegando, enquanto a tola aqui achava que isso só aconteceria depois do meu casamento, o que daria um tempo para se conhecerem. Só que não. Já transavam. E se chamavam de apelidos carinhosos. — Bufou.

— Certo, Joan, mas nada do que você diga ou faça irá separá-los e eu tenho certeza de que você não quer isso — disse Don, em nossa defesa.

— Claro que não. Eu sei o quanto sofreram longe um do outro. — Ela agora estava mais tranquila. — Apenas não vou passar a mão na cabeça deles e fingir que não me importei. Eu realmente fiquei preocupada com minha amiga, que disse que ia resolver a agenda do meu irmão e voltaria para ver filme e comer pipoca e brigadeiro.

— Joan, aqui não é o lugar para tratarmos disso. — O tom de voz do meu cunhado era de quem queria encerrar a conversa.

— Não vamos mais tratar disso.

Peguei sua mala e fui com Patricia abraçada a mim. Ela continha um imenso sorriso nos lábios, o que me deixou intrigado.

— O que houve? — murmurei e ela me olhou.

— Desculpa — disse, no mesmo tom. — Mas foi bom ela ter dito o que pensa. Não achou?

— Sim. Jo é surpreendente.

— Digam, como foi no Brasil? — perguntou Paty, quando nos aproximamos do seu carro.

— Maravilhoso. Pessoas bem hospitaleiras — disse minha irmã, enquanto Paty abria o porta-malas. — Foi bem divertido. O local é maravilhoso. Amiga, você precisa conhecer. E por falar nisso, quando pretendem casar? Onde vai ser a lua de mel? Mamãe e papai já sabem? Ou farão como no namoro?

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora