Finalmente a Garota abriu os olhos, mas ainda parecia grogue. Dakota estava ao meu lado, apreensiva, com os lábios presos numa linha rígida, sem saber o que havia acontecido com a amiga. Eu não conseguia entender o motivo de ela ter desmaiado. Eu apenas a pedi em casamento. Patricia sentou na cama e passou as mãos no cabelo, arrumando-os.
— Você está bem? — perguntou Dakota, antes de mim.
— Estou. — Patricia sorriu. — Eu tive um sonho louco. — Ela colocou a mão na cabeça. — Sonhei que Paul me pedia em casamento.
— Mas eu pedi.
Dakota me olhou de imediato e Patricia arregalou os olhos. Dei de ombros.
— Vou entender se você não aceitar... — Desviei o olhar do dela, sem graça.
— O quê? — Seu tom soou estridente. — Achou mesmo que eu diria não a você?
— Então você aceita? — Eu a olhei.
— Eu aceito. — Ela levantou da cama num sobressalto e veio até mim. — Claro que aceito. Eu te amo.
Eu a beijei com todo o meu amor. Patricia tomou distância, olhando-me nos olhos e sorriu. Peguei a caixinha da mesinha de cabeceira, retirei o anel e o coloquei em seu dedo.
— Deu! — Comemorei. — Temi tanto que não desse.
— Onde comprou? — perguntou.
— Esse é um anel de família. Meus bisavós, avós e pais usaram. Acho que veio mais alguém antes do bisavós, apenas não tenho certeza.
Ela me beijou.
— Acho melhor você vestir sua calcinha e ir, antes que Dakota desista. — Dei-lhe uma palmada na bunda.
Patricia se apressou até o banheiro e não demorou a sair.
— Eu te amo. — Ela me deu um beijinho.
— Eu te amo. Tenha cuidado.
— Pode deixar.
Patricia pegou a bolsa e saiu. Entrei no banheiro, tomei uma ducha e sequei-me. Saí do banheiro, peguei uma cueca boxer, camisa de mangas compridas, bermuda e me vesti. Liguei para a minha mãe.
— Oi, filho. — Ela atendeu de imediato.
— Onde você está? — Calcei meus chinelos.
— Em casa, com seu pai.
— Posso almoçar aí?
— Claro, querido. Cadê Patricia?
— Saiu com a amiga...
— Eu estou finalizando aqui e você já pode vir.
— Certo. Chego em instantes. Eu te amo.
— Eu te amo.
Desliguei, peguei a carteira, chaves do carro e do galpão e saí, descendo a escada. Entrei no meu carro, saí da garagem e fui em direção à casa dos meus pais.
Felizmente não demorei, então saí do carro apressadamente e toquei a campainha. Kevin abriu a porta, com o seu tablet em mãos e então me olhou.
— Filho.
Eu o abracei e entrei. Christie apareceu na sala e nos acomodamos no sofá. Eu não sabia se contava aos meus pais agora, ou se esperava estar com Patricia.
— O que houve? — perguntou mamãe, afagando meus cabelos.
Eu sabia que jamais conseguiria esconder algo dela, fosse o que fosse.
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Amiga da Minha Irmã
RomanceDepois de um frustrado casamento de 5 anos, Paul Jones decide voltar aos Estados Unidos, a fim de ter uma vida pacata perto de sua família. Trabalhando na empresa do pai como arquiteto, ele conhece Patricia Mackenzie, amiga de sua irmã, que até entã...