Amiga da Minha Irmã

Capítulo 59

Patricia arrumou a nova mesa da sala de jantar e sorriu para mim, radiante. A ideia de necessitarmos de uma com mais de quatro cadeiras a agradava de uma maneira desconhecida por mim. E se ela estava feliz, eu também estava. Dentro de um pouco mais de duas horas, estaremos recebendo a família dela e a minha, para apresentá-los uns aos outros antes da festa de réveillon que será na casa de praia esse ano. Eu voltei ao meu trabalho, de analisar o que temos nos armários para, em seguida, irmos às compras.

— Aposto que nossas mães vão se dar muito bem — disse ela, sentando-se à ilha.

— Eu não tenho dúvidas. — Finalizo a lista.

— A Christie é incrível... E a Blake...

— Nunca vai chamá-la de mãe? — indaguei, quando ela não continuou a frase.

— Eu ainda não me sinto confortável, sabe?

— Não tenha pressa. — Beijei sua testa. — Podemos ir?

— Claro.

Paty pegou as chaves do carro e do galpão e nós saímos da cozinha. Descemos a escada e entramos no Mitsubishi dela. Seguimos ao som de Thirty Seconds to Mars, enquanto Patricia cantava Birth. E por ser breve, ela logo passou para Conquistador.

Não demoramos a chegar. Ela estaciona numa vaga qualquer, pega um carrinho de compras e por fim, entramos.

— Baby, vamos duplicar a quantidade de macarrão.

— Patricia, massa em excesso faz mal.

— Do que você está falando?

— Veja bem: temos outras opções que podem substituir o macarrão, como uma pizza, podemos preparar um pão, temos também ravióli. Nosso cérebro precisa de 150g de carboidrato para funcionar. Talvez estejamos ingerindo o triplo com tanto macarrão. Podemos também abusar um pouco mais das saladas e comidas leves ou com mais proteínas, entende?

Eu me surpreendi por ela estar com uma expressão impassível, depois de eu ter falado tanto e ter dado umas sugestões até boas para ela, pelo fato de estar querendo mais proteína por causa do seu treino...

— Baby? Você me ouviu?

— Claro que sim. — Ela sorriu.

— Claro que sim. — Ironizei.

— Tudo bem. Mais proteína, ravióli e outras fontes de carboidrato. Talvez tenha razão ao fato de estarmos ingerindo o triplo dos 150g necessários. Certo. Faremos do seu jeito, senhor Jones.

Certo. Ela agora me deu uma bofetada sem utilizar as mãos. Ergui as minhas, envergonhado de ter duvidado de sua capacidade de prestar atenção ao que eu falei.

— Que bom.

— Estava tão sexy me dando aquelas sugestões. — Ela colocou os braços em meus ombros e me puxou para junto de si. — Quase avancei em você, tirei sua roupa e... Bem, você sabe. — E mordeu o meu lábio inferior. Eu senti meu pau endurecer na hora e ela se aproximou do meu ouvido. — Senhor Jones... — Seu tom foi provocante e com uma pontada de repreensão. — Comporte-se. — E roçou o nariz no meu. — Teremos um jantar em família essa noite e estamos no supermercado.

Suspirei e concordei com ela, voltando ao meu estado normal.

— Vamos começar as compras, antes que nos expulsem daqui.

— Claro. — Ela sorriu. — Bom garoto.

Eu lhe entreguei a lista de compras e ela passou a me entregar os produtos que pegava.