— Que cara é essa? — Donny questionou, assim que apareci na sala. Estava tão óbvio assim que minha vida andava uma merda? Que inferno!
— Dia de cão — murmurei, fechando ainda mais a cara, exausto. — Baby, estamos indo.
— Espera! — exclamou Patricia, saindo do quarto. — Don! — Ela o cumprimentou.
— Oi, Paty. Tudo bom?
— Mais ou menos e com você?
— Estou bem. Algum problema?
— Aposto que Paul vai te contar.
— Certo. Vou esperar no carro.
— Ele desce em instantes. — Ela sorriu para ele e Don saiu. — Tenha cuidado, por favor.
— Eu quem devo pedir.
— Então nós dois devemos. — Patricia colocou os braços em meus ombros e me puxou para um beijinho. — Eu te amo tanto.
— Eu te amo mais. — Rocei meu nariz no seu.
— Agora, vai logo. Joanne está vindo para organizarmos a minha despedida de solteiro com minhas damas. — Ela pareceu empolgada.
— Sem despedida de solteiro.
— Não precisa se preocupar com absolutamente nada, Jones. Eu não vou fazer nada que a consequência seja te machucar ou perder. Eu tenho consciência dos meus atos. Confia.
Eu beijei sua testa e concordei.
— Está bem. Volto logo.
— Pode demorar. Não vai se arrepender. — Paty deu uma piscadela e eu estreitei meus olhos. — Eu te amo.
— Eu te amo.
Saí do galpão, desci a escada e me juntei a Donny.
— E então, vai me contar o que deixou Paty no mais ou menos? — Ele deu a partida e seguiu em direção ao alfaiate.
— A mãe da Minha Garota está viva.
— Não. Brinca. — Don me olhou de soslaio e mesmo assim eu pude ver a incredulidade e o choque em seus solhos.
— Olha a minha cara e vê se estou brincando. E ainda tem mais. Ela tem um irmão, cunhada e dois sobrinhos.
— Porra! Paty deve ter entrado em choque.
— Ela não está bem. Eu não queria deixá-la sozinha depois desse dia. Foi tão perturbador para a Minha Garota... — Passei a mão pelos cabelos, frustrado.
— Paul, eu sei que a ama. Paty também te ama muito. Vocês se preocupam um com o outro. É bonito de ver. Joan vive comentando comigo. Que vê os olhos da amiga brilharem quando ela fala de você. Eu vejo isso com ambos. Só que vocês precisam transar menos.
Eu ri alto e segui rindo até ele estacionar.
— Que merda é essa, Don? — Saí do carro e ele logo estava ao meu lado.
— Quantas vezes transaram desde que voltaram?
— Desde que fomos buscar vocês no aeroporto, eu não lembro. De quando reatamos então...
— Se continuar desse jeito, dentro de cinco anos, você estará seco.
Minha gargalhada chamou a atenção da recepcionista do lugar, mas nem assim me importei.
— Qual é o seu problema? — Olhei-o, enquanto me aproximava da bancada.
— Estou apenas sendo sincero.
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Amiga da Minha Irmã
RomanceDepois de um frustrado casamento de 5 anos, Paul Jones decide voltar aos Estados Unidos, a fim de ter uma vida pacata perto de sua família. Trabalhando na empresa do pai como arquiteto, ele conhece Patricia Mackenzie, amiga de sua irmã, que até entã...