Capítulo 77

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Paty

Eu sentia meus olhos marejarem enquanto a maquiadora fazia o seu serviço. Lutava contra a vontade de chorar de emoção. Era o grande dia. O dia do meu casamento com Paul Jones. Em poucas horas eu seria a mais nova integrante da família Jones, por toda a minha vida, mas isso não significava que seria a última, já que planejava ter um filho em um ano ou dois, se eu for esperar pelo fim do meu mestrado. Porém, eu estava tão a fim de fazer graduação em arquitetura que estava prestes a enlouquecer e isso era culpa do meu futuro marido. Eu o presenciara fazendo tantas plantas, ajudara em algumas coisas e a paixão pelo que ele fazia foi aumentando de maneira gradativa.

O meu penteado já estava feito: meus cabelos estavam presos num coque alto, rechonchudo e levemente desgrenhado. A franja estava impecável e uma presilha contornava o ninho de passarinho que havia se tornado meus cabelos. Quando a maquiadora do SPA se afastou, permitindo-me observar bem a minha maquiagem, eu deixei meu queixo cair. Mesmo que fosse simples, parecia que eu era surreal. Sei lá. Não tinha, realmente, nada fora do comum aqui, mas eu não sabia o que dizer.

— Está incrível — murmurei, maravilhada.

— Tem certeza? Eu posso fazer outra.

— Não! — exclamei. — Quer dizer. Eu sei que pode fazer outra, mas essa está muito incrível. — Levantei e me aproximei do espelho acima da penteadeira repleta de produtos de maquiagem. Analisei bem: minhas maçãs estavam naturalmente coradas, mas eu sabia que, no instante em que meus olhos encontrassem os do meu futuro marido, ficariam com a cor mais intensa. O delineador era discreto, o batom, nude. — Muito obrigada.

— Que bom que gostou.

— Eu amei, querida. — Sorri para ela. — De verdade.

— Com licença.

A morena saiu e Joanne entrou no meu quarto. Eu estava louca de ansiedade para vestir a perfeição que era o meu vestido e estava pouco me fodendo para quem achasse exagerado para o evento. Quer dizer, ele era estilo princesa, porém não como o da Diana, Princesa de Gales.

— Deus, que linda! — Ela se apressou até mim. — Já posso ver a cara do meu irmão.

Meu smartphone tocou e eu me apressei em pegá-lo de cima da bancada, encontrando a foto do meu noivo, junto com o seu nome.

— Oi, Baby! — Atendi de imediato, toda derretida.

Oi, Minha Garota. Como você...

Joanne tomou o aparelho da minha mão.

— Ei. — Protestei. — Amiga, pelo amor que você sente pelo Don, não faz isso. — Supliquei e me ajoelhei em seguida antes que ela me impedisse.

— Sua... — Joanne cerrou os dentes e me devolveu.

— Baby! — exclamei.

Joanne. — Ele riu baixinho. — Don fez o mesmo por aqui, então... — Um suspiro. — Como você está?

— Bem, obrigada, e você?

Ansioso. Demais.

— Somos dois. Tem algo de errado com você?

Temo que mude de ideia.

Eu ri alto, mas ele não me acompanhou.

— Baby, por nada nesse mundo eu mudarei, está bem? Eu te amo. E estou louca para que me veja entrando naquela igreja.

Somente por ouvir sua risada, eu senti uma tonelada sair das minhas costas.

Ah, Minha Garota. Você é incrível e eu te amo tanto.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora