Tinha quatro horas que nós estávamos na boate. Eu estava cansado e louco para voltar ao hotel, mas Patricia estava precisando se distrair e eu deixei que ela fizesse o que bem entendesse. Eu a observava, do bar, enquanto dançava na pista de dança. Outside, do Calvin Harris. Percebi que esse era um dos DJs favoritos dela. A bebida em sua mão já devia estar quente e essa seria a minha deixa para levá-la para o hotel.
Eu me aproximei, sorrateiro, observando o seu rosto. Eu podia ver a dor que ela tentava esconder. Patricia estava embriagada e parecia ainda mais triste. Peguei o copo da sua mão e coloquei na bandeja de um garçom que passava. Ela me puxou para dançar quando a música mudou, tocando Blame, também do Calvin. Mesmo se encontrando nesse estado, ela dançava bem, me atraia com os seus movimentos, como sempre.
Seus lábios tomaram os meus, e apesar ter bebido o mesmo que ela, eu fiz uma careta ao sentir o gosto do álcool em sua boca. Talvez fosse algo que eu jamais me acostumaria.
— Vamos para casa — disse ela, em meu ouvido, quando nos afastamos. — Sinto falta do galpão como nunca na vida.
Fiz um carinho em seu rosto suado e aproveitei para tirar os cabelos colados em sua testa. Patricia estava corada e eu sabia que era por causa do calor.
— Mais tarde iremos — murmurei e lhe dei um beijinho. — Primeiro, vamos cuidar de você.
Saímos da boate e eu agradeci a Deus por isso. Chamei um táxi, dei o endereço do hotel e assim que entramos, Paty se recostou em mim e começou a cantarolar Kiss Me, do Ed Sheeran. Eu sorri imensamente, mas não faria amor com ela bêbada. Eu precisava dela consciente. Fiquei fazendo-lhe carinhos e felizmente não demoramos a chegar. Paguei a corrida e saí, ajudando Patricia em seguida. Segurei-a em pé, próximo a mim.
— Garota, eu preciso que você aja naturalmente, certo?
Ela aquiesceu, mas eu nem sabia se ela estava consciente. Suspirei, abracei-a de lado e fomos de imediato ao elevador. Acenei para o pessoal da recepção no caminho e nós subimos.
No quinto andar, abri a porta e Patricia correu ao banheiro. Fechei tudo, e fui logo atrás. Enquanto ela vomitava, eu enchi um copo de água e me ajoelhei ao seu lado. Segurei seus cabelos e esperei até que ela tivesse colocado tudo para fora.
Peguei um pedaço de papel higiênico e limpei sua boca. Entreguei-lhe o copo.
— Bocheche.
Patricia fez e depois cuspiu a água na privada. Repetiu o gesto e enfim deu descarga. Sentei no chão e a puxei para o meu colo, enquanto limpava sua boca com outro pedaço de papel.
— Eu não te mereço — disse ela, chorando.
— Não, Minha Garota. Não pense assim. — Tirei os cabelos de seu rosto e a fiz me olhar. Ela virou o rosto.
— Não. Eu acabo de vomitar — disse, manhosa.
— Eu não me importo. — Dei-lhe um beijinho. — Mas, vamos cuidar de tomar um banho, pois eu estou suado demais e você também.
Ela saiu do meu colo e eu levantei e a puxei para junto de mim. Retirei seu tubinho preto, seu scarpin vermelho e seu conjunto de lingerie. Retirei meu blazer, camisa polo, tênis, calça e cueca. Entramos no box e abri o chuveiro. A água fria nos atingiu e Paty deu um gritinho, me fazendo rir. Tomamos uma ducha, onde eu lhe dei banho e quando terminamos, vesti-lhe um roupão, enrolei uma toalha na minha cintura e peguei outra para secar seus cabelos.
Saímos do banheiro e eu fui de imediato ao frigobar. Peguei o sanduíche de patê de frango e dei-lhe. Ia fazer do jeito que ela fizera comigo. Sentei-a na cama, peguei o seu pente e comecei a pentear seus cabelos, com o máximo de cuidado. Sem dúvidas ela estava com dor de cabeça e a última coisa que eu queria era piorar sua situação.
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Amiga da Minha Irmã
RomanceDepois de um frustrado casamento de 5 anos, Paul Jones decide voltar aos Estados Unidos, a fim de ter uma vida pacata perto de sua família. Trabalhando na empresa do pai como arquiteto, ele conhece Patricia Mackenzie, amiga de sua irmã, que até entã...