61 - Limpa.

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Miga, 5k??? Que isso gente. Muito obrigado a todos que lêem seja de que forma for. Adoro isso aqui. Notas sobre esse capítulo.
Esse caminho é real, o Ricardo é real e como eu sou uma boa pessoa deixo vocês irem na casa dele, expressar todo esse ódio reprimido.
Como o namoro da Tay terminou e ela já está com outra pessoas eu bagunçei um pouco a linha do tempo ao melhor estilo Flash.
Se eu lembrar de mais coisas eu falo. Por enquanto é só isso. E de novo muito obrigado. Vocês não sabem o quanto me ajudam e compensam a falta que o Ed faz na minha vida.
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Eu não sabia ao certo se queria beijá-lo, mas eu não tinha forças para sair dali. Eu suspirei em desespero, tentando esboçar alguma reação, foi quando o meu peito pesou, coloquei a mão em mim e senti o colar que Ed havia me dado, incrivelmente, estava quase no mesmo lugar que ele havia colocado.

- Mas eu não quero mais. - Eu me afastei de Ricardo mas ainda fiquei sentanda no sofá, procurando forças para levantar - Eu... Eu estou namorando, e apesar de achar que eu não consigo mais gostar de ninguém, ele é um cara legal, e eu sei que se isso acontecer eu vou magoar ele, eu não quero que isso aconteça.

Me levantei e fui em direção a porta e Ricardo veio atrás de mim.

- Mas ele não precisa saber disso.

Era incrível como ele não era mais nada do que eu achava que fosse.

- Então, mas acontece que eu vou saber, e isso para mim é o suficiente.

O engraçado era que naquele momento, na minha opinião, ele só estava se importando com ele e com o remorso que ele tinha em ter me feito sofrer, ele não se importava comigo e muito menos com o Ed. Era uma questão só dele e de seu egoísmo mesmo.

- Você pode abrir o portão? Eu quero ir embora, com ou sem o meu dinheiro.

- Tudo bem. Eu já volto.

Ricardo virou à direita, em direção ao quarto dele e eu continuei indo em direção à porta. Fiquei parada, esperando ele vir para descer as escadas e quando olhei para baixo, vi o Ed, parado, vestindo um moletom e uma calça de pijamas, com a mão no bolso e sorrindo para mim. Eu sabia que não era realidade, mas mesmo assim eu sorri de volta.

- Aqui está. Quer conferir?

- Não precisa.

Ele desceu na frente, passando pelo meu Ed imaginário e eu desci logo atrás.

- Obrigado. - Ele disse sorrindo.

- Não tem nada que agradecer. Tudo bem. - Eu fui em direção ao carro.

- Júlia? - Eu olhei para ele - Deixa eu te levar até ali? Como eu sempre fazia?

Entreguei a chave do carro para ele, que se ajeitou no banco do motorista e me levou até a metade do caminho, quase aonde a Estrada de Itapecerica encontrava com a Marginal Pinheiros.

No caminho, enquanto ele dirigia, eu me lembrava da última vez que ele havia feito aquilo. Não senti nada ao olhar para ele, ao contrário da última vez, na qual eu desejava intensamente que ele fosse meu para o resto da minha vida.

- Depois daqui, se eu for, ficar difícil de voltar.

- Tudo bem.

Ao contrário das outras vezes, quem demorou a sair do carro foi ele e não eu. Sai rápido e abri a porta do lado do motorista, ele saiu e me encostou no carro.

- Eu queria que tudo tivesse sido diferente.

- Eu não. Tchau.

Entrei no carro e fui embora. Passei o caminho da volta, Marginais Pinheiros, Tietê e Rodovia, contemplando aquele sentimento. Eu finalmente havia ficado limpa.

Quando cheguei em casa, fui falar com minha mãe, e enquanto ela falava eu liguei para o Ed, queria tanto ouvir sua voz, mas ele não atendeu. Mandei uma mensagem e depois de uns minutos, liguei de novo. Nada.

- Você pode parar de mexer nesse celular enquanto eu falo? Que tanto você mexe aí?

- Estou tentando falar com o Ed, mas ele não atende.

- Ah! Ele ligou aqui tem duas horas, mais ou menos.

- Ligou?

- Sim. Ele falou que não estava conseguindo falar com você, eu falei para ele ligar depois que você tinha encontrado o Ricardo e foi na casa dele.

- A Senhora falou o quê?!?!?!

Eu acho que devo ter gritado com ela, sem querer, meu coração deu uma pontada e meu rosto começou a arder.

- Falei para ele ligar depois que você tinha ido na casa do Ricardo.

- Mãe... Eu não acredito.

Agora eu sabia exatamente o porquê do Ed não me atender. Eu literalmente me desesperei. Minha cabeça começou a doer.

- Filha? Aconteceu alguma coisa?

- É que... - Eu tentava segurar o choro - O Ed... Deixa para lá, depois eu resolvo isso.

Subi com as meninas e Ana percebeu que eu estava pensativa.

- Mãe! Eu fiz uma pergunta e você não respondeu.

- Desculpa filha.

- A Nicole Waterson tem três filhos... Como ela consegue aguentar? Eu não acredito nisso...

- Verdade filha, eu não sei como ela consegue. Nicole Waterson é diva.

Ficamos falando do desenho do Gumball e às dez da noite elas foram dormir. Decidi mandar uma mensagem para o Ed.

Júlia: Ed, me atende, eu estou preocupada. Acho que precisamos conversar.

Depois de trinta minutos, liguei para ele de novo e mesmo assim ele não atendeu. Eu não gostava de fazer essas coisas, mas decidi recorrer a Taylor.

Liguei para Tay e ela atendeu no terceiro toque.

- Alô? - Tay falou com a voz fraca.

- Oi Tay, é a Júlia. Você está bem?

- Oi, a Taylor não está podendo falar agora. - Uma voz de mulher mais velha era quem falava - Pode ligar para ela depois?

- Tudo bem. Obrigado. Depois eu ligo sim.

Eu desliguei. Agora eu estava preocupada com o Ed e com a Taylor também. Decidi ligar para a Sel.

- Oi Sel, tudo bom contigo?

- Eu estou bem, na verdade, mais ou menos. O Calvin e a Tay terminaram, eu estou indo para a casa dela agora.

Photograph - Memórias Vazias [Ed Sheeran] !REVISANDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora