68 - O Piquenique Noturno.

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Boa noite amores! Estou estudando bastante e me ajuda postar de madrugada. Quem quiser entrar no grupo de WhatsApp da Fanfic é só deixar o número, além de você saber a hora certinha que eu posto, eu ainda coloco alguns spoilers e converso com vocês. Dedico o capítulo de hoje a belafernanda14 que tem lido, votado e atualizou a fic bem rapidinho. Muito obrigado Fê por compartilhar dessa história comigo. Bjos <3

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- Mais importante nada... Tem a Catarina. E mais, quero ver você dobrar a minha mãe.

Fomos buscar a Catarina na escola e Ed amou o passeio pelo bairro. Quando chegamos, minha mãe já estava em casa. Eu os apresentei e fui trabalhar, deixei Ed com minha mãe, e mesmo assim fui, querendo ficar. 

Duas horas depois, quando eu voltei, eles já pareciam amigos de longa data. Minha mãe havia feito macarrão e fritava pastéis, tudo como ela mesmo disse, especialmente para o Ed.

Dei banho nas meninas e as coloquei na cama assistindo desenho. Na falta de um filme de terror, já que Ed não era um fã do gênero como eu, ficamos assistindo clipes musicais e ele me contava as histórias dos cantores de apareciam na televisão.

- Vou ver se as crianças dormiram.

Assim que entrei no quarto, ao constatar que elas dormiam mesmo, desliguei a televisão. Quando voltei para a sala, Ed estava com um violão que eu havia ganho da minha mãe, mas nunca consegui aprender a tocar.

- Voltei e elas estão dormindo.

- E agora você é só minha?

- Você está com sono?

- Nem um pouco. – Ed disse pegando o violão e afinando as cordas.

- Vamos dar uma volta então?

- Posso levar o violão?

Ed pegou o violão e eu avisei para minha mãe que nós íamos sair. Ela não gostou muito, mas eu disse que era uma "emergência de mulher" e ela acabou acreditando. Antes de entrarmos no carro, peguei um narguilé que estava guardado no armário, fomos a um supermercado e compramos bebidas e algumas besteiras. Voltamos um pouco pelo caminho e eu segui pela Avenida Jacu Pêssego em direção ao Parque do Carmo. Estacionei o carro no posto de gasolina perto do parque e fomos em direção ao ponto de ônibus.

- Nós vamos pegar um ônibus? – Ed se sentou no banco que havia perto do vidro.

- Não. Nós vamos pular a grade e entrar no parque.

- O que? – Ed quase gritou.

- É... Vem! – Eu me apoiei no ponto de ônibus e pulei pela grade – Joga as sacolas!

Ed ainda um pouco pasmo jogou as sacolas.

- Vem logo que ali embaixo tem uma delegacia.

Isso fez Ed pular a grade com habilidade e em tempo recorde.

- Me segue.

Eu peguei na mão dele e fomos para um lado do parque que ninguém da rua poderia nos ver.

- O parque é somente nosso.

Coloquei as sacolas no gramado e nos sentamos. Eu consegui ascender o narguilé e misturei a vodca com a groselha que havíamos comprado.

- Isso é maravilhoso... - Ed disse bebendo a vodca - E agora o que a gente faz?

- Qualquer coisa que se faz em um piquenique, eu nunca participei de um.

- Então, vamos animar isso. – Ed bebeu mais um pouco da mistura de vodca e pegou o violão – I need you Darling, come on set the tone, if you feel you falling won't you let me now?

Eu sorri, bebendo e procurando algum doce que nós tínhamos comprado.

- Ou essa... Kiss me like you wanna be loved, you wanna be loved, you wanna be loved...

- Isso são indiretas para mim, Sheeran?

- Você quem está falando.

- Eu não conhecia essa última.

- É Kiss Me.

- Canta ela para mim?

Ed sorriu e logo começou uma introdução calma, sua letra era calma e parecia falar de um Ed que queria ser amado, cuidado, que precisava de carinho.

- A famosa Kiss Me, ela é linda... Sabe, eu gosto quando você canta Take Me The Church.

- Ok, vou cantar essa para você.

Ed cantou Hozier, Rihanna, Taylor e quando ele começou a cantar Oasis, eu não me segurei e cantei junto.

- Você canta muito bem sabia?

- Canto nada.

- Canta sim... Daqui a uns cinco anos quem sabe a gente não faz um feat e eu te coloco nas rádios? Logo eu vou ter minha própria gravadora, meu selo, poderia colocar você lá.

- Nada a ver, o cantor aqui é você... Wonderwall é minha música favorita no mundo. Acho que parece bastante comigo – Eu me deitei no gramado e comecei a observar as estrelas – Sabe, eu queria que a minha vida fosse um filme, aí eu saberia que tudo ia dar certo no final, mas eu percebi que não dá.

- E por que não?

- Ah! Nos filmes a protagonista sempre tem uma melhor amiga e aí chega alguém e bagunça a vida dela...

- Mas ás vezes o coadjuvante é mais importante – Ed deitou-se ao meu lado – Já parou para pensar que o protagonista dessa história pode ser eu? Eu tenho muitos melhores amigos... E eu pensava que minha vida era perfeita, então você chegou e bagunçou tudo.

- Ed... Para de tentar fazer eu me apaixonar por você.

Ed sorriu e me deu um beijo demorado.

- Júlia, para de tentar fazer eu não me apaixonar por você. Não está dando certo.

Ficamos ali, bebendo, nos beijando, a boca dele estava vermelha e irresistivelmente doce por causa da groselha. Entre nossos beijos, eu senti uma luz no meu rosto.

- Ed, por que você está colocando essa luz no meu rosto?

- Eu não... – Ed ainda me beijava – Você está tirando foto?

- Eu não.

Quando abrimos os olhos, vimos que tinha alguém vindo com uma lanterna.

- Puta merda, Ed... Levanta.

Corremos para atrás das árvores.

- O violão e as sacolas ficaram lá.

- Calma que eu vou pegar.

- Eu vou ser preso e deportado. Imagine isso nos jornais...

- Fica quieto que não vai acontecer nada. – Coloquei o dedo indicador nos lábios dele.

- De longe você é minha namorada mais maluca.

- Fica quieto Ed ou ele vai ver a gente.

- Sabe, se você for presa, você é brasileira, tem ensino superior, vai ficar em uma salinha bacana... E eu? Meu Deus, me perdoa pelas coisas que eu fiz...

Eu beijei Ed de surpresa, esperando que ele ficasse quieto, ou seríamos presos.

Photograph - Memórias Vazias [Ed Sheeran] !REVISANDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora