Capítulo 23 final

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*Essa parte de capítulo em especial, vou dedicar para uma linda cujos áudios me deixam com sorrisos pendurados de orelha a orelha hehehehe... Adoroooo!!!



    Dërhon sai do quarto puto da vida consigo mesmo e esbarra em um Trevon macambúzio todo encolhido no chão do corredor. A típica solidariedade masculina o faz sentar ao lado e bater no ombro dele com o seu e lançar um 'E aí cara', mas Trevon continua calado mais algum tempo antes de perguntar, com olhar vidrado em um ponto qualquer à sua frente;

— Fêmeas num contesto geral, tendem a se comportar como nós? Digo, elas...

    Trevon fita Dërhon de relance e torna a fixar o olhar na parede à frente deles;

— Esse lance que temos de provocar um ao outro, até que alguém saia com o nariz quebrado ou algo pior.

— Uohl, caiu à ficha do maluco, até que enfim!

    Trevon o encara com essa.

— Não entendi aonde quer chegar.

— Ela se deixou apanhar e até me arrisco em acreditar que tenha provocado os machos para chamar a atenção deles para ela... Não foi isso que pensou?

    Trevon assente devagar e pensa alto;

— E ela fez de novo, comigo. — com essa se levanta e desaparece, Dërhon se levanta e reconhece o aroma de Alegra no ar, ele abre a porta do quarto no mesmo instante em que Trevon está apontando o dedo na direção de Danikas acusando-a;

— Você me usou pra sanar as suas culpas, Valquíria, mas saiba que 'eu' não a perdoei! Se estive aqui com você, foi porque meu rei ordenou, e EU NÃO ME ARREPENDO! Ouviu bem? Não me arrependendo do que fiz com você...

    Danikas engole em seco com a garganta apertada e ele desaparece do quarto da mesma forma súbita que apareceu, Alegra volta a abraçá-la e Dërhon se pergunta em que momento havia adquirido o dom de ler além das entrelinhas, subentendia-se um; filha da puta, não faça isso comigo e eu ME arrependo, mas...

— É a sua sintonia com minha mair, idiota, digo, príncipe.

    Dërhon sustenta o olhar prateado e beligerante dela e num segundo a expressão dele se torna pesarosa, irritando-a ainda mais.

— Não vou cair nessa, Dani. Não vou ficar puto com uma fêmea que está mais clara que água pra mim. Aí, de boa, não sacaneia com a mente do cara. Ele não vai gostar 'menos de você' por isso. O máximo que você vai conseguir é perder um tempo precioso ao lado dele e fazer com que ele amargue por toda a existência quando se der conta do que fez, e isso, se ele não se matar antes.

— Está tirando conclusões baseadas na própria experiência?

    Dërhon move a cabeça reprovando o tom de deboche e considera;

— Pode ser... — ele fita de relance a mancha de sangue no lençol e ela tenta sem sucesso esconder com a perna.

    Dërhon rosna um palavrão com algumas recordações de Kassia que invadem a sua mente.

    Alegra suprime um ganido e aperta Danikas sutilmente.

— Cara. Não sei como não vê. Até nisso vocês... Sabe, se não fossem tão diferentes os mundos de onde vieram, eu poderia jurar que são irmãs.

    Nós somos..., de certa forma.

    Dërhon solta um esgar de riso sem humor e olha nos olhos de Alegra;

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