Capítulo 41 final

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*Proposta ao pé dessa parte de capítulo a vcs...



    Danikas sabia ser só uma formalidade e estava claro que a sua rainha não demonstraria esse tipo de fraqueza. Kassia moveu a cabeça em negação e foi conduzida estar entre as duas colunas a segurar nos grilhões pendentes oferecidos simultaneamente por ela e Alegra. As suas vestes de guerreira mal cobria suas partes íntimas e o ventre levemente abaloado estava exposto. A luz intensa no centro do terreno espargiu deixando ver duas figuras distintas.

    A Guardiã, coberta pelo manto vermelho escuro, e Jarel, com calça e camisa de seda negra estava um passo ao lado dela, logo atrás. A Guardiã manteve a todos calados enquanto flutuava à frente de Jarel em direção ao altar, suas mãos estavam unidas e escondidas dentro das mangas do manto e a luz que emanava do seu corpo etéreo podia ser vista por baixo do capuz e abaixo da vestimenta, que não tocava o chão.

    Zarcon olhou para cima e viu que a lua estava a poucos minutos de se apresentar ao alto, iluminando assim, todo o largo. Jarel com expressão sombria mantinha o olhar fixo em um ponto da coluna à direita de Kassia quando Alegra e Danikas se deixaram cair de joelhos e colaram as frontes no chão.

    Ambas imploravam com o ato silencioso por benevolência para sua rainha e a Guardiã perguntou com sua voz suave e infante e em mesmo tempo letal.

— É assim que pretendem honrar sua rainha nesse mundo?

    Ambas levantam o tronco, mas continuam de joelhos e cabeça abaixada esperando pela punição que fizeram por merecer ao contestá-la com seu ato.

    Que assim seja. — Dissera a Guardiã na língua das suas ancestrais.

— Não. Eu, Kassandra, não permito a nenhum dos meus, que leve o meu fardo.

    Danikas e Alegra são forçadas a levantar então e no instante seguinte estão presas pelos tornozelos ao chão ao lado das colunas em que sua rainha se apoiava.

    Isso é mesmo necessário, Marie? Já não sofreram o suficiente?

    Em resposta ao lamento de Jarel, pelo comando dela, centenas de pequenos fachos de luz inundaram o largo cegando aos presentes e ao espargir, centenas de fêmeas seminuas em seus trajes cerimoniais de guerra foram reveladas.

    Trevon tremeu ao lado de Dërhon e começou a suar frio, tendo sido levado de volta ao seu passado com a visão do poderoso clã feminino de outrora.

    As fêmeas começaram a se posicionar em seis filas das mais jovens as mais velhas e a Guardiã se posicionou de lado no altar.

— Como era o costume entre as Valquírias. Das mais novas e frágeis as mais antigas e mais fortes, subirão até aqui e honrarão a última Val Rein a ascender nesse mundo.

    O grito das guerreiras ecoou dentro do largo enquanto a lua reinava soberana bem ao centro do que se via do céu escuro acima deles.

    Danikas levantou a cabeça em desespero e sob o comando da Guardiã, todos ficaram em silêncio.

— Ela não tomou do segundo cálice.

    Mahren olhou para Kassia e sorriu com orgulho por um segundo.

— Então elucide aos que desconhece a cultura do seu clã, Valquíria. O que acontece quando se bebe do primeiro cálice?

— Qualquer ferimento anterior à cerimônia em seu corpo é curado, e os poderes são retidos para que não tenha como se defender.

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