Capítulo 14 final

216 36 21
                                    



    Brianis não se lembrava de há quanto tempo se divertia tanto e estendeu a mão pra ele, ele olhou pra mão estendida como se quisesse mordê-la, mas a segurou com firmeza em se levantar.

    Só que ele não ia deixar barato, ah, mas não ia mesmo! Ele puxou a filha da puta danada de boa de briga contra o corpo suado e no ímpeto colou a sua boca na boca da filha da mãe! E não é que a danada era gostosa de beijar?!?

    Ele invadiu a sua boca com a língua enquanto sua mão deslizava pelo corpo todo durinho dela e... E ele riu quando ela tremeu, atrevido ele lambeu os lábios carnudos e incrivelmente macios dela antes de afastar o rosto pra ver a sua cara de babaca, mas ela logo piscou e se afastou num tranco, caindo pra trás, trovejando furiosa;

— Moleque! Babaca é você! Seu pai teria vergonha desse seu artifício idiota!

    Ele moveu os ombros com desdém e sorriu todo sacana. Ela havia mesmo mexido com o cara errado dessa vez. E na boa, apelar pra aceita­ção do papai morto também não era algo digno de nota era?

— Posso dizer que me sinto quite contigo. — e agora foi ela quem olhou toda puta pra sua mão estendida, mas a segurou determinada.

    Só que Dërhon estava preparado pra revanche e fincou o pé no chão quando ela o puxou e o máximo que conseguiu foi um macho com cerca de 40 quilos a mais do que os seus por sobre seu corpo, e ele a beijou na testa dessa vez se levantando de um rápido salto logo em seguida.

    Estava plenamente ciente de que se voltasse a invadir aquela boca carnuda com a língua, o outro membro do seu corpo ia implorar pra estar dentro dela também, e isso já iria ultrapassar em muito a sua falta de escrúpulos com ela.

— Estamos empatados, então? — ele perguntou arfante e esperançoso e ela levantou de um salto e voltou a estalar o pescoço. Pronta pra outra.

— O que acha meu rei?

    Zarcon levantou a cabeça como se nem estivesse realmente ali e quando por fim parece que entendeu a questão, ele sorriu. De um jeito que fez o núcleo da espinha de Dërhon gelar...

— Eu tenho uma contra proposta como sugestão...

    Alegra estendeu o braço e quase tocou na parede extrafísica que a separava do rei e o irmão dele. — Dërhon —, ela repetiu baixinho, e o nome dele deslizava em sua língua como uma carícia íntima. Ele era ainda mais bonito que o rei, e seus movimentos eram rítmicos e fluidos, como se ele dançasse ao lutar. Em vários momentos ela desejava de que ele não pegasse tão leve com Brianis, e ao mesmo tempo, se orgulhava do comportamento honrado dele com ela. Estava claro, em cada movimento dele, que ele tinha noção da diferença física entre os dois e respeitava essa diferença.

     Era Brianis quem vinha apelando para o poder dado a ela pela Guardiã pra defendê-las de qualquer invasor e quando ele desistiu, a sua vontade foi de invadir o bloco de luz e delatar o logro da Brianis pra eles! Mas aí ele a puxou pra si e a beijou e ela tocou os próprios lábios sentindo-os queimar.

    Eles começaram a discutir, mas ela viu o rei olhando em sua direção como se ele pudesse enxergar dentro dela pelos seus olhos!

    Ela se afastou às pressas e correu na direção do bloco das luzes.

    Não era possível que ele pudesse vê-la, ela desejava que não e correu com toda a força que tinha para o seu lugar predileto, para o seu refúgio.

Vale dos AehmonsOnde histórias criam vida. Descubra agora