Capítulo 3

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Karina_Altobelli aqui, meu carinho em especial pra você, 'Branquelinha que adoro'. Bjokas e muito obrigada pela amizade que estamos cultivando...




    Ele grunhiu e meio que ronronou rouco logo em seguida. Aham... Isso era boom... Bom demais pra ser verdade! Mas e daí? Ele tratou logo de afastar o pensamento. Preferia mesmo era 'sentir'.

— Isso!... — ele grunhe — Continue, assim...

    Como se tivesse conectada diretamente com seu cérebro, a mão delicada e macia logo alcançou o que mais importava e o abarcou, logo em seguida a boca tenra e cálida tomou o seu lugar, chupando-o gostoso.

    Ele estava rijo como tora e teve que controlar-se para não gozar logo de cara. Não! Ele ia aproveitar o momento e estender ao máximo que pudesse as sensações raras. E que sensações!

    Estava tão gostoso que ele gemeu sem cerimônia.

— Oh sim! —o ritmo de vai e vem tinha um calor languido difícil de ignorar e ficava cada vez mais intenso, mais quente, mais forte, até que ele quase se perde.

— Não... — ele grunhiu e logo depois pediu com um pouco mais de gentileza — Espere, não, não pare, só, vai mais devagar, isso... — e ele fecha os olhos, ciente de que trincava os dentes, concentrado em conter o gozo.

     Estava muito bom. Muuuito bom meeesmo! Mas ficou ainda melhor quando ela passou as longas e esguias pernas por cima do seu corpo e montou nele, o sexo úmido e receptivo envolvendo seu membro em um abraço apertado e faminto, subindo e descendo, subindo e descendo.

— Oh, sim! — friccionando deliciosamente o seu pau num ritmo mais que perfeito!...

    Ele leva as mãos enormes nos quadris delicados e macios da fêmea em sinal mais do que evidente de posse, por que... Ela era sua, certo? Sim! Finalmente sua!... Ele a conduziu no ritmo que queria, subindo e descendo, e sentindo o frenesi crescendo, o clima esquentando, a sua musculatura enrijecendo e seus poucos pelos eriçando... E ele queria mais. Muito mais! Ele queria 'tudo' que ela quisesse dar, e queria dar tudo de si também, então ele esticou o pescoço expondo a veia grossa e pulsante enquanto rugia de prazer em um convite sem palavras, a beber dele, a saciar-se nele e sentiu o roçar das presas e dos lábios macios.

— Siiim! — ele grunhiu alto e quase engasgou entre a dor e o prazer que sentiu quando ela o perfurou com suas pequenas e afiadas presas.

    O orgasmo o tomou em ondas alucinantes do mais puro prazer no mesmo instante e foi seguido de outros enquanto ela bebia 'dele', se alimentava 'nele'! E era 'ele' ali!

    Preenchendo, alimentando e saciando-a de todas as maneiras que sempre desejou, enquanto sua mente decidia se estava rosnando ou ronronando, não importava. Era ela, e era 'com ela' isso era tudo o que desejava. Tudo o que mais importava. Tudo que sempre por toda vida desejou.

    Talvez, pelo tempo que esteve sem sexo, ou pela concretização de um desejo muito antigo, não poderia afirmar, mas seu pênis não murchou nem um pouco como acontecia quando gozava com as... NÃO! Nem pense!

    Ele tolhe a lembrança inoportuna e aproveita o momento, ele estava rígido por causa dela, e ela já o cavalgava com vontade de novo depois de ter usado sua quente e deliciosa língua em seu pescoço pra acelerar a cicatrização chupando-o com seus doces e luxuriosos lábios em seguida, a absorver qualquer reminiscência da alimentação, lançando-o no frenesi das ondas espasmódicas de mais um orgasmo tão intenso quanto os anteriores.

    Ele sempre imaginou que seria exatamente assim; Com ele sendo acordado por ela já em cima dele, tomando-o como era seu direito, cavalgando-o com força e sedenta dele, enquanto ele trabalhava com afinco em suas zonas erógenas excitando-a, instigando-a a dar ainda mais de si, a exigir ainda mais dele. As suas mãos deslizando com total liberdade e sem qualquer resíduo de culpa pelo corpo esguio e sedoso dela. Apertando de leve os glúteos macios em alerta silencioso quando se empolgasse demais, segurando em seus longos e acetinados cabelos e puxando-a de leve a se abaixar para mais um demorado e cálido beijo. Deslizando a mão com delicadeza possessiva pela graciosa curva da sua coluna enquanto ela invadia sua boca com a língua permitindo-o sentir o gosto doce e levemente metálico do sangue dele misturado ao sabor e aroma de canela e outras especiarias finas que era só dela. Que só ela emanava quando estava excitada. Seus gemidos e arquejos eram como melodia suave a acariciar seus ouvidos, e não deixava em nada a desejar pelas expectativas que tinha criado desse momento tão esperado.

    Ela era 'dele' sim! E estava exatamente onde sempre imaginou que estaria, desfrutando do calor dos seus braços, regozijando-se nele!

    Saber disso o preencheu de força e empolgação extremada, e a cada gemido dela ele arremetia mais e mais fundo em seu centro úmido e ela se movia com ele em êxtase profundo. Ele sentiu deslumbrado o exato momento que ela enrijeceu e gemeu alto por conta do próprio orgasmo e enquanto seu sexo úmido o ordenhava, as suas mãos buscavam o par de gêmeos perfeitos que eram seus seios e os apertava de leve. Os bicos rosados estavam rijos e pesados e ele adorava o fato de que cabiam com perfeição nas palmas de suas mãos...

— Amo você. — ele a ouve dizer baixinho enquanto ela ainda estremecia em cima dele pelas ondas do próprio orgasmo e ele foi arremessado no mar revolto das especulações.

— Amo você, Zarcon. — ela repetiu veemente, com voz melodiosa e levemente rouca ordenhando seu membro ainda em gozo em cima dele, beijando-o em seguida e aspirando o ar que saia de sua boca, ela tornou a repetir com uma sinceridade que lhe partiu ao meio,

— Sempre te amei. Só a você. Sempre amarei você, Zarcon. Onde quer que eu esteja. Pra sempre vou te amar.

    Não. Não, não...

    Isso não podia estar acontecendo. Não podia! Lágrimas inundam seus olhos e seu pênis murchou de imediato mesmo estando há pouco com outro orgasmo a caminho. Só podia ser sonho.

    Ele olhou a própria barriga encharcada com o seu gozo e concluiu;

    Era sonho.

    Só, a porra, de, um, maldito, sonho!

    Ele pegou e inalou o cheiro dela que se desprendia do travesseiro e seu pênis aprumou-se cheio de decisão. Por um instante pensou seriamente em cortar fora o membro e oferecer aos cães e parece que a ameaça surtiu efeito, pois o troço voltou a murchar recolhendo-se à sua real insignificância. Ele lançou o travesseiro com o cheiro dela ao chão no canto do quarto, se virou de lado e, chorou.

    Chorou por tudo que poderia ter sido, por tudo que tanto e por tanto tempo desejou.

    Chorou como uma criança abandonada, encolhido como um feto, em uma cama enorme que estava fria, e vazia.

     Realmente, definitivamente, vazia...

    Absorto em sua dor, ele nem mesmo viu ou ouviu quando o vulto branco e quase etéreo se dissipou silencioso e suavemente do canto mais obscuro do seu quarto.




Carol Sales.

Vale dos AehmonsOnde histórias criam vida. Descubra agora