Capítulo 9 final

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*Jonsia, Ellen, Cris, Crys, Paulinha, aqui deixo meu carinho em especial pra vcs essa noite, muito obrigada, vcs sabem o porquê. Bjokas para todos, bom entretenimento e até a próxima S2



    Dërhon não conseguia dormir, e decidiu voltar ao seu escritório e à outra pesquisa de grande importância que vinha fazendo, mas a sua cabeça até estava definitivamente de plantão, só que do lado de fora da mansão.

    Mais especificamente na beldade feminina que Kassia havia se transformado. Ele havia reparado no funeral de Pero que seus cabelos, mais negros e brilhantes que antes, haviam ganhado ainda mais comprimento e algumas nuances de vinho claro com mechas em tons de loiro e prateado mais ressaltado nas têmporas.

    Semelhantes aos das fêmeas de pura linhagem, como os cabelos de Aleesha. Kassia também tinha o familiar aroma dela misturado ao seu e o seu comportamento às vezes lembrava o dela, e o seu corpo, céus...

    Que corpo!

    Dërhon se sacode e torna a bater com a caneta na mesa. Um tique irritante como um vício que vinha tendo com mais frequência nos últimos tempos. Ele ainda não havia tido coragem de pedir para ver os grifos que determinava a ascendência dela. Entre eles, isso era algo que assemelhava a pedir para ver o recôncavo das partes mais íntimas de uma humana virgem, mas desconfiava que a quantidade de höemn em seu sangue já devia ser grande, mesmo antes de ela quase ter sido morta pelos seus agressores e, supôs que, talvez tenha sido isso que Aleesha viu quando ela se utilizou do último recurso que tinha para mantê-la viva, mas a sua desconfiança o levava a outra questão.

    E se estivesse certo quanto as suas suspeitas, Kassia não era uma Kade qualquer e talvez ela nem mesmo fosse uma Kade. E, partindo desse princípio; a transformação dela teria acontecido, mesmo sem a interferência de Xstrauss e Aleesha.

    Mas, ele só teria como confirmar suas suspeitas se pudesse ver o Onigeun que estaria estampado em sua nuca após a transformação, e dadas as atuais circunstâncias, temia que ela não permitisse a ele esse tipo de intimidade, qualquer tipo de intimidade na verdade. Mas isso era uma explicação aceitável do porquê, o corpo magnífico dela, ainda não estar mais seco que uva passa!

    Mesmo à distância, ele podia sentir a rejeição dela e o quanto a tinha magoado e entendia o porquê, mesmo que 'diplomática e educadamente' ela o tenha dispensado e se afastado dele.

    Zarcon estava trancado em seus aposentos, mais especificamente em seu escritório real, e compartilhava dos mesmos sentimentos e pensamentos pesarosos e também tinha magoado a fêmea em questão, quando na verdade, o que mais desejava era que ela ficasse feliz de estar viva e entre eles. E isso não tinha nada a ver com biologia, alegava com teimosia.

    Também tinha sentido o cheiro de Aleesha junto ao dela pouco antes de acompanhar os guerreiros na preparação da clareira para o funeral de Pero, e enlouquecido não conteve a reflexão exasperada, onde adjetivos como usurpadora e parasita desgraçada, misturavam com questões relacionadas à vida e morte e sacrifícios em vão, e pelo que soube por Dërhon, depois do funeral, concluiu que ela havia se afastado dele com aquele sorriso tímido e carregado de culpa, porque o escutou alto e claramente em sua mente...

    É claro que ela ouviu Bucha! Ela ouve tudo que pensamos, mesmo quando não quer!

    Zarcon rugiu uma maldição e socou a mesa fazendo tombar as canetas e o suporte de tinta, manchando de negro a ponta do documento de óbito que estava redigindo. Sai da minha mente Dërhon! Tenho mais o que fazer aqui! Ele sacodia o documento e ruminava uma canção antiga, como sempre fazia quando não queria compartilhar seus pensamentos com seus irmãos.

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