Capítulo 37 parte ll

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*Essa passagem em especial, dedico a uma leitora que já me acompanha de outros carnavais (romances), e vem a cada dia estreitando mais os laços de amizade comigo, beijo estalado e bom entretenimento!



     Kassia entra no quarto de Alegra e Orion levanta a cabeça ao sentir a sua presença. Ele e seus dois irmãos se dividiram em assistir as fê­meas acamadas ao seu pedido e ele já estava observando a sua irmã por mais tempo que devia.

— Seu corpo foi totalmente restabelecido e ela responde aos reflexos. — ele relata de forma casual.

    Kassia assente agradecida e se aproxima do leito a acariciar os longos cabelos loiros da irmã, penteando-os contra o travesseiro. Alegra pisca devagar e seu rosto de alabastro continua inexpressivo com o olhar vazio.

    Orion observa o carinho que Kassia tem com ela e se obriga em por as pernas para funcionar para deixá-las a sós.

    Ele seus irmãos estavam convencidos que haviam escolhido o lado certo quando viram como as fêmeas, que até pouco tempo estavam presas, estavam sendo tratadas ali. Cada uma tinha seu próprio quarto e o ambiente em tons de branco e verde claro era limpo periodicamente por criaturas silenciosas que antes eles só haviam ouvido falar e todas pareciam dormir brandamente sob o efeito de sedativos ou compulsão em macas largas e altas, cujas roupas eram limpas e trocadas três a quatro vezes por dia. Eles chegaram ao momento que as criaturas silenciosas iam começar a troca e Kassia, como a rainha preferia ser chamada, os conteve no corredor.

    Orion tinha um motivo a mais que seus irmãos para querer estar ali e estava olhando para esse motivo quando a sua irmã e rainha levantou a cabeça e o seu olhar correu pelo seu rosto estudando-o.

    Kassia não disse nada por um instante. Só ficou ali olhando o seu rosto até que ele piscou e se deu conta de que pudesse tê-lo constrangido com seu escrutínio. Ele havia sangrado pela sua irmã, havia conspirado junto com seus irmãos para resgatá-la do ninho dos machos já quase sem vida e era neto de Ores. Orion era um descendente de nefilim, mas imperava a sua parte humana quando se tratava de Alegra, e era evidente que havia estabelecido um vinculo emocional com ela.

    Kassia volta o seu rosto para o olhar vazio da sua irmã e se inclina por cima do seu corpo a beijá-la na fronte, quando se levanta, uma única e solitária lágrima rola no rosto desprovido de emoções dela respingando no travesseiro e Kassia seca sua face deslizando as costas de seus dedos com ternura. Incapaz de não se ressentir com Dërhon pelo seu estado.

— Ores já providenciou as acomodações para vocês. Não serão prisioneiros aqui, mas ficaria grata se procurassem evitar confrontos desnecessários com os demais e se quiserem sair, eu gostaria de ser informada antes, de preferência.

    Orion assente plenamente ciente de que demoraria algum tempo para que ele e seus irmãos conseguissem provar a sua fidelidade e conquistasse a confiança dela, então ele ensaia um sorriso sem graça e lança um sem problemas.

    Dërhon observa os monitores incrédulo e boquiaberto enquanto o anjo que havia grudado como carrapato 'figurativamente' nas suas costas, observava e mexia em tudo no seu escritório com interesse irritante e infantil. Jarel põe de volta na mesa o peso de papéis e espia com pouco interesse o que ele via nas telas.

— Ela não é mesmo incrível?

    Dërhon levanta a cabeça a encarar Jarel e ele move os ombros pegando outro objeto a examinar; — Ou seria melhor dizer elas? Sabia que a maioria dos anjos que caíram foi por causa delas?

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