Capítulo 30 - Oxion

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No Planeta Oxion, uma das bases do Império Stall.

Dia 49 do calendário do Planeta UH 9536

Fardo estava na ponte de comando da nave de combate Stall. Pela enorme tela curva eles viam o planeta que os Stall chamavam de Oxion. Eles haviam feito o último salto há algumas horas e agora estavam contemplando o belo corpo celeste abaixo deles.

Felizmente uma nova base estava sendo montada naquele local, o qual ficava em um sistema solar próximo do planeta onde havia ocorrido o contato com a raça misteriosa

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Felizmente uma nova base estava sendo montada naquele local, o qual ficava em um sistema solar próximo do planeta onde havia ocorrido o contato com a raça misteriosa.

Naquele ponto os Stall já haviam descartado a hipótese do novo inimigo estar vinculado aos humanos, as armas deles eram muito primitivas, e eles eram totalmente diferentes dos antigos inimigos.

A dedicação da tripulação foi fundamental para uma viagem tão rápida. Eles alcançaram a máxima eficiência, e os saltos de hiperespaço foram realizados em intervalos de tempo curtíssimos, mesmo para o padrão dos Stall, o qual já era elevado.

Eles sabiam que os humanos não conseguiam alcançar nem a metade da velocidade de viagem dos Stall. A base do planeta abaixo ainda estava sendo montada, porém o laboratório científico já estava totalmente operacional.

Uma enorme nave de desembarque se acoplou na nave de combate por uma escotilha quadrada enorme. Aquela entrada era usada para abastecer a nave de combate, e dava acesso diretamente ao compartimento de carga.

Os itens trazidos do planeta foram transferidos com toda delicadeza. Fardo e o comandante da nave de combate, chamado Lorta, também foram para a nave de desembarque.

Enquanto tomavam seus assentos e apertavam os cintos de segurança Lorta recebeu uma mensagem em seu dispositivo de comunicação, uma tela sensível ao toque presa ao seu pulso. Ele comentou com Fardo:

- O Comando gostou do relatório, cinco naves de combate em breve se dirigirão para aquele planeta miserável para auxiliar nossas forças, uma nave de transporte de tropas com 2000 soldados também vai com eles. Nesta base eles tem algumas das novas naves não tripuladas, elas serão enviadas a bases próximas para trazer mais ajuda, em poucos meses teremos poder suficiente para exterminar toda forma de vida naquele planeta, se for necessário.

- Naves não tripuladas? pensei que haviam abandonado a ideia, o risco de hackeamento e tudo mais - perguntou Fardo.

- Vão usar apenas para carga, e somente para uso entre sistemas já assegurados. O alto comando não estava conseguindo tripulações para tantas naves, expandimos muito a frota nos últimos anos. Estão até desenvolvendo umas naves autônomas bem pequenas, só para levar mensagens de emergência, os humanos já tem dessas há algum tempo - respondeu Lorta.

Fardo ficou animado, tudo dentro do possível estava sendo feito, ele se orgulhava da eficiência de sua espécie.

Ainda não havia sido inventada uma forma de comunicação imediata entre os sistemas solares, um dispositivo físico tinha que fazer vários saltos de hiperespaço para levar recados entre as bases espaciais.

Mesmo com tantas dificuldades os Stall rapidamente estavam conseguindo se mobilizar com eficiência. Poucas horas depois de receber notícias tão inesperadas quanto o contato com outra raça, e as naves já estavam sendo preparadas para suas missões.

A nave de desembarque se desconectou da nave de combate, manobrou por diversos minutos e iniciou sua descida rumo ao planeta Oxion.

Depois de mais algum tempo Fardo começou sentir os efeitos da gravidade, era bom voltar a ter peso depois de vários dias no espaço, afinal, ele não era um tripulante de nave, sempre foi um soldado, passando a maior parte do tempo no solo dos planetas, cumprindo seu dever, era lá que se sentia à vontade.

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