Capítulo 89 - A Batalha do Desfiladeiro

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Dora posicionou os quatro VACs no meio do desfiladeiro. As tropas inimigas estavam dos dois lados do desfiladeiro, a algumas centenas de metros dos penhascos. Ela prévia que eles provavelmente iriam atacar de maneira coordenada, com parte dos soldados descendo por cordas enquanto os demais dariam cobertura atirando com armas leves.

Dora planejava esperar os inimigos avançarem, então usaria os lançadores de mísseis nos quatro VACs.

Eles iriam lançar mísseis de ogivas múltiplas. Eles, após o lançamento, iriam subir e assumir uma trajetória parabólica, e quando estivessem descendo suas partes dianteiras se abriram, liberando dezenas de pequenas esferas explosivas, as quais se espalhariam causando grande destruição na área atingida.

Eles precisavam de apenas mais alguns minutos para evacuar os humanos. Ela seria levada em uma das últimas cápsulas. O Quatro Braços então programaria o último envio é entraria na última cápsula.

As câmeras espalhadas pela região então mostraram que as aeronaves Stall estavam voltando. Elas agora estavam voando extremamente baixo, a poucos metros do solo. Dora então avisou os Rivas para virarem suas armas para a direção de onde o ataque viria.

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As aeronaves Stall sobrevoavam o desfiladeiro uma atrás da outra, com algumas centenas de metros de distância de uma para outra.

Quando o desfiladeiro ficou mais largo, próximo a base humana, as aeronaves Stall desceram mais ainda e entraram na formação rochosa, com as pontas de suas asas a poucos metros dos paredões rochosos.

As aeronaves estavam chegando a uma curva do desfiladeiro, depois dela estava a base humana.

O piloto da primeira aeronave era um fervoroso devoto de Tulo, ele nunca envergonharia seu amado Deus.

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Batrio estava no meio do desfiladeiro. Seus sensores variam todas as direções.
As aeronaves Rivas haviam transmitido as imagens da batalha aérea antes de serem todas destruídas.

Agora tudo fazia sentido. O inimigo não era apenas um só. Havia duas espécies disputando aquele planeta antes dos havas e Rivas chegarem. E aparentemente os Rivas tinham entrado para o lado mais fraco. O lado em que eles haviam entrado estava fugindo.
Ele se sentia traído, mas nada podia ser feito sobre isso, ele estava com uma bomba em seu veículo.

Dora entrou em contato e disse que aeronaves inimigas estavam vindo pelo desfiladeiro.

Ele mandou seu batalhoídes apontarem as armas para a direção indicada.

As armas foram destravadas. A primeira aeronave inimiga surgiu saindo da curva do desfiladeiro. Batrio mirou e atirou. A torreta de seu veículo vibrou com os disparos. A vibração chegava a esfera onde seus órgãos estavam alojados causando desconforto. Ele pediria para que isso fosse corrigido se sobrevivesse a aquele dia.

A primeira aeronave não conseguiu disparar suas armas, foi atingida por dezenas de feixes avermelhados das armas Rivas.

Como a aeronave estava a grande velocidade quando foi atingida, seus destroços batiam nas pedras e no solo e quicavam. Diversos batalhoídes foram atingidos.
Uma das asas caiu como uma navalha sobre o veículo de Batrio, praticamente partindo ele ao meio.

  A esfera que continha seus órgãos se rompeu e ele morreu enquanto escorria em direção ao solo.

A seguranda aeronave surgiu e as armas Rivas ainda não haviam recarregado.

A aeronave atirou com suas seis armas. Um batalhoide sobre pés mecânicos foi atingido na torreta e foi destruído. Outro foi atingido em uma das pernas e caiu ao solo, ficando definitivamente fora de combate.

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