Capítulo 50 - Perdas e Aprendizados

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Batrio resolveu ir na primeira onda de batalhoídes que seriam teletransportados. Ele achava que talvez encontrassem resistência, e ele precisava estar lá para comandar suas tropas desde o primeiro minuto.

Ele desligou a maioria dos sistemas de seu batalhoíde sobre rodas, para que os mesmos não fossem danificados pelo teletransporte, pois o mesmo gerava uma onda de energia muito forte que podia danificar alguns dos equipamentos mais frágeis.

A contagem regressiva para o envio zerou. No primeiro instante ele não sentiu nada, depois de um segundo ele sentiu a ausência de peso em seus órgãos, isso indicava que seu batalhoíde já estava em outro planeta, e em queda livre pela atmosfera. Ele acionou os paraquedas e ligou todos os sistemas.

O tranco quando o paraquedas se abriu foi forte, uma vez que o peso do batalhoíde era muito grande. As imagens apareceram em sua mente, elas vinham das câmeras da torreta e eram enviadas diretamente a microprocessadores ligados cirurgicamente aos seus nervos óticos, que ficavam junto ao cérebro.

Logo ele foi chamado por Tron e Troi, eles alucinadamente relataram os últimos acontecimentos.

Ele ainda estava digerindo as más notícias, quando os inimigos foram vistos, tirando seus veículos de valas camufladas.

Ele imediatamente se lembrou dos testes dos batalhoídes há alguns meses.Quando eles tentavam atirar em movimento, o resultado foi horrível. Os sistemas de mira tinham que ser aperfeiçoados, eles estavam sendo obrigados a parar para atirar.

As aeronaves estavam enfrentando os inimigos, e o pior, com resultados ruins. Batrio então decidiu que não iria enfrentar os inimigos enquanto desciam de paraquedas, balançava demais, não iam conseguir acertar os alvos e seriam dizimados.Tron e Troi entenderam sua decisão e ordenaram que as aeronaves abortassem o ataque.

Barrio deu a ordem e todos os batalhoídes acionaram os mecanismos que puxavam os cabos dos paraquedas, de forma a inclinar os mesmos e a controlar a direção da descida.

O vento era forte para o norte e a maioria rumou para aquele lado, desviando da área onde o inimigo estava. Tudo estava dando certo, porém um batalhoíde relatou um defeito no sistema que puxa os cabos do paraquedas, e ele estava indo sem controle na direção dos inimigos.

Nada podia ser feito, ele viu o batalhoíde ser explodido, a primeira baixa aconteceu sem nem terem tocado o solo.

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Atria pilotava com muita dificuldade sua nave avariada. A missão havia sido bem sucedida, porém ela estava no grupo que interceptou as naves inimigas. Um fragmento de outro POC destruído pelo inimigo atingiu a lateral de sua nave, e penetrou o casco, destruindo muitos dos sistemas de manobra e navegação.

Ele e outras naves avariadas tentavam voltar para a órbita baixa. Ela precisava fazer um pouso de emergência, o qual seria extremamente arriscado. Ela poderia se queimar ao reentrar na atmosfera ou se chocar contra o solo. E claro, os batalhoídes tinham que assegurar um zona de pouso, ou não iria adiantar nada chegar ao solo e ficar a mercê do inimigo.

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Flávio estava na ponte de comando. Nas últimas horas ele esteve ocupado fazendo simulações de combates no computador tático.

A NCO aparentemente estava conseguindo passar despercebida pelas pequenas naves. Quando elas surgiram na atmosfera e entraram em órbita Flávio havia decidido ficar bem longe delas, afinal desconhecia totalmente as suas capacidades ofensivas e defensivas.

Flávio e sua tripulação haviam assistido todo o ataque das pequenas naves aos Stall. Foi uma oportunidade incrível de aprender sobre o novo inimigo.

Ele achava que, se tivessem mais algumas naves, eles poderiam fazer ataques rápidos, destruírem diversas naves pequenas e fugirem usando a camuflagem. Demoraria um pouco, afinal eram muitas navezinhas, porém seria possível limpar a órbita do planeta em algumas semanas.

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