Cap 13- Desvendando o mistério!

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P.O.V
Thomas Patterson ON

Atendo a insistente ligação com raiva, já que me tirou do banho.

-Boa noite, Patterson! Sou Sammyra Collins!

Sinto meu coração dar um pulo, pois se a prima da Mell está me ligando, imagino que algo aconteceu.

-A Mell está bem?

Pergunto e percebo que chora baixo do outro lado da linha.

-A Mell está passando por um momento muito ruim, amanha fará 4 anos que uma tragédia aconteceu. Estou numa viagem a trabalho e não vou conseguir está com ela. Queria saber se pode ficar com ela ?

Ela fala e eu fico quieto pensando. Minha imaginação está a mil com varias hipóteses. Ela precisa de ombro para chorar por outro homem?

-Patterson? Está aí? Se for muito pra você eu peço para outra pessoa ir.

- Eu vou!

Respondo mesmo sabendo o risco que estou correndo em me envolver, mas não posso saber que ela está sofrendo e não fazer nada.

-Obrigada! Eu vou ligar para o porteiro e você pode subir. Se ela não estiver lá, vai está no apartamento dela que é ao lado, é só entrar.

-Ok! -falo e desligo o telefone indo para o closet. Troco de roupa e sigo para o prédio dela.

Como a prima havia dito, a Mell não está em casa e resolvo ir no apartamento ao lado. Coloco a mão na maçaneta e percebo que está destrancada, entro e está tudo escuro, com uma única luz vindo de um cômodo. Ando em direção a luz e antes que eu chegue lá, escuto a voz da Mell.

" -Sinto tanta a sua falta, meu amor. Sou só uma metade sem você. O senhor me deu e o tomou, não entendo.

-Me perdoa?....Me perdoa?...Me perdoa? "

Essa tragédia que a Sammy falou seria a perda de um amor do passado? Ando mais um pouco até chegar ao quarto iluminado e a vejo sentada no chão, com a testa nos joelhos e chorando muito. Seu corpo balança com o choro e seu sofrimento não tem como mensurar.

Sinto um aperto no coração em vê-la dessa forma e quando me vejo, já estou a abraçando.

- Xiiii! Eu estou aqui pra você! Tenha calma!

Falo a pegando gentilmente no colo e me surpreendo com sua falta de resistência. A depósito na cama de solteiro no quarto que estamos e ela se vira de lado, de frente para mim, ainda chorando.

Ajoelho no chão e fico de frente para ela, enquanto minhas mãos vão de encontro aos seus cabelos.

- Não era pra ele ter morrido, Thom. Eu daria minha vida pela dele. Eu o amo tanto e não sei como fazer essa dor parar.

Ela fala aos prantos e imagino que esteja falando realmente de um amor antigo. Limpo suas lágrimas com meu polegar direito, mas não adianta, elas descem como uma cachoeira em dia de chuva pela lateral de seu rosto.

Vendo que seu choro não vai cessar, resolvo deitar ao seu lado para um melhor acalento. Ela coloca sua cabeça em meu peito e eu enlaço seu corpo com meus braços.

Meu RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora