Cap. 52- Por você!

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Chego ao prédio do Thom e espero o elevador pensando na Kate e no inferno que ela vai fazer em nossas vidas se o Jack for filho dele.

Saber que meu namoro pode está em perigo não me deixa calma. Aliás, se tem uma coisa que não me deixa, é calma. Ela sempre vai vir com seus joguinhos e quando menos esperar vamos está a mercê de pequenas chantagens. Não vejo a hora de saber o resultado desse exame!


Estou tão concentrada em meus pensamento que quando sinto alguém cheirando meu pescoço, dou um pulo para o lado, vendo o Thom sorrindo.

-Não resisti! Você estava parada com o elevador aberto em sua frente. O que tanto pensava?

Me oferecendo sua mão, ele fala e entramos no elevador.

-Infelizmente era na Kate.

O abraço, sentindo seu delicioso perfume amadeirado e ele beija meus cabelos.

-Isso me tirou o sossego no trabalho. Cada vez que pensava no exame sentia um frio no estômago. É foda!

As portas do elevador são abertas após ele falar e entramos no apartamento dele.

-Tenho uma coisa pra contar, para fugirmos um pouco desse assunto.

Falo enquanto caminhamos juntos para o quarto dele.

-Se for noticia ruim eu prefiro não saber agora.

Vejo ele tirando sua roupa, ficando só de cueca e jogando no cesto de roupas sujas.

- É uma noticia boa. A Sammy está gravida!

Falo com meu sorriso de canto a canto, enquanto ele está de costas para mim e não se vira para me olhar mesmo com essa linda notícia.

- Muito boa noticia, baby! Eles devem está muito felizes.

Fala indo para o banheiro, fechando a porta e ligando o chuveiro. Sempre tomamos banho juntos, mas pelo visto hoje vai ser diferente. Eu sentir que ele não recebeu a noticia tão bem quanto eu e acho que precisamos conversar.

Algum tempo depois ele sai tomado banho e deita na cama de cueca.

-Quer conversar? Vi que ficou estranho quando recebeu a noticia.

-Desculpe baby, mas não quero conversar sobre isso hoje. Não quero descontar em você minhas frustrações.

Ele fala me olhando e sei o que quer dizer. Ele quer muito ser pai e ver os outros se tornando não ajuda, mas isso pode mudar com o resultado do exame amanhã.

Vou para o banheiro e tomo meu banho, já que passei o dia na rua. Antes de sair do box eu penso muito sobre a ideia de ter filhos. Tenho muito medo de não sair como manda o figurino. Medo de ter um bebê e amar de menos ou amá-lo de mais, esquecendo o Henry.

Minhas lágrimas se misturam com a água do chuveiro, aproveitando para lavar a alma. Encosto minha testa na parede e choro baixinho.

Tenho medo e não sei que atitude tomar. Estou muito confusa! Eu amo crianças, mas não quero substituir meu filho e quando penso nessa possibilidade meu coração sangra.

Limpo meu rosto tentando evitar, que quando eu saia, ele perceba que estive chorando e quando me viro dou de cara com ele me olhando.

-Vem cá! -Me chama e chorando eu vou até ele para um abraço ainda molhada.

Esse abraço é como se eu pedisse desculpa por ele querer ser pai e eu está com medo de ceder. Ser pai e mãe é o ápice da felicidade, mas estou com medo. Algum tempo depois ele me ajuda com o roupão e após vesti-lo saímos do banheiro.

Meu RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora