Cap. 38- Fantasmas do passado

16.5K 1.5K 108
                                    

Ouvir ela falar que não não sabe se vamos dar certo ou não, foi como um soco no estômago. Eu sei que tenho problemas, mas acredito que tudo isso vá passar com o tempo.

Saio do banheiro disposto a conversar, mostrar para ela que precisamos ter calma, que tudo vai dar certo, mas não a vejo.

Olho sua roupa em cima da poltrona e ela não está. Ando cômodo por cômodo e percebo que ela foi embora. Deve está achando que não a quero mais. Eu devia ter ficado e conversado, mas estava tão frustrado na hora que precisei sair de perto um instante para não magoa-la.

Penso em ir no apartamento dela e usar a chave que me deu, mas lembro que o Oliver está dormindo aqui.

-Droga!!

Resolvo mandar uma mensagem pra ela. Amanha explico melhor minha situação. Ser pai é uma vontade latente em meu coração e acho que ela só está traumatizada, já que adora crianças.

Precisamos conversar!

Deito em minha cama, pensando em como ela está se sentindo e sinto a tristeza me invadir. Pego novamente meu celular decidido a ligar para ela no intuito de dizer que a amo, mas seu celular está desligado. Resolvo dormir e amanha consertar o mal entendido.

Acordo de manhã decidido a ir conversar com ela, mas lembro que tenho uma reunião, com uma possível investidora que não conheço, agora as 8 da manha.

Bom dia! Pode me encontrar no meu escritório agora de manhã? Precisamos conversar!

Mando a mensagem esperando que ela vá até o escritório para eu dizer que a amo. Acabo de me arrumar com terno cinza claro e resolvo tomar meu café da manha no trabalho para não me atrasar.

Chego no shopping vendo que ele está cheio como sempre fica nessa época. Não que ele alguma vez ficasse vazio, mas no mês de ferias escolares triplica a quantidade de pessoas. Todas querendo ver a exposição de animais que tem na área externa. Contratei uma empresa nova esse ano e a decoração do shopping está de chamar atenção de todos que entram no ambiente.

-Bom dia, Abby! Minha agenda daqui 5 minutos, por favor. -Falo indo até a cafeteira.

-Bom dia, Patterson! A pessoa com quem terá a reunião lhe espera em sua sala.

Ela fala e a olho com cara de poucos amigos.

-Da ultima vez que deixou uma pessoa me esperar no escritório, acabei terminando meu namoro.

-Eu sinto muito senhor, mas essa pessoa foi muito insistente.

-Na próxima vez pede que espere aqui com você e se insistir chame a segurança.

-Ok!

Entro em minha sala e meu coração quase para de susto com o que vejo.

- Olá, Thonzinho!

Ela fala comigo e sinto todos os pelo do meu corpo se arrepiarem como se estivesse vendo um fantasma. Sinto o ódio tomar conta de mim em vê-la parada em minha frente.

- O que faz aqui?

Falo vendo ela sentando no sofá e cruzando as pernas sensualmente. Sua aparência continua a mesma, como se os 11 anos a mais não fizessem diferença. Cabelos avermelhados, assim como seu batom e suas curvas ainda são de chamar a atenção, mas não minha.

Meu RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora