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Gabrielle passou uma mensagem para seu pai, avisando-lhe que havia perdido as chaves e que dormiria na vasa de sua avó àquela noite

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Gabrielle passou uma mensagem para seu pai, avisando-lhe que havia perdido as chaves e que dormiria na vasa de sua avó àquela noite.

Ela não demorara muito a pegar no sono. Sua avó não havia reparado em sua cara de choro e se reparou, sabia que certamente se tratava de Lucas e fez vista grossa, só não imaginava a gravidade das coisas.

Ao acordar, no domingo de manhã, ela logo foi para casa e tomou um bom banho. Ainda se sentia péssima. Insegura.

Estava envergonhada por tantas pessoas terem visto o que havia acontecido na pizzaria e ainda mais que o novo vizinho estranho e maluco havia presenciado tudo.

_ Você está bem?

A mãe da garota sabia que ela não estava bem por causa do fim do relacionamento, mas até que Gabrielle havia disfarçado bem esses dias.

_ Estou. Só estou um pouco cansada... e a senhora?

A garota era uma boa filha. Não queria deixar sua mãe preocupada e por isso não contaria o ocorrido.

_ Estou exausta. Vou já dormir.

A mãe dela era enfermeira e trabalhava por plantões. Gabrielle sempre se sentia só no geral, não fosse pela companhia de seu namorado, ela não tinha muitos amigos.

Agora era ex namorado e ela não tinha vontade de procurar por ninguém.

A campainha tocou.

Quem poderia ser? A porta se permanecia aberta quando tinha alguém em casa, para que a avó de Gabrielle pudesse entrar quando quisesse, e se fosse alguém de fora, o porteiro teria avisado.

_ Oi.

Edgar.

_ Oi... - ela não fazia ideia do que ele queria ali parado.

_ Você está bem?

A garota notou um pequeno curativono machucado perto dos seu olho e se sentiu incomodada por lembrar de como ele ganhou aquilo.

_ Estou. E você? - ela fechou a porta atrás de si. Não iria convidá-lo para entrar.

_ Também. Você dormiu bem?

Ela ia responder que sim, quando sua avó abriu a porta.

_ Bom dia! - disse sorrindo para o homem que conversava com sua neta.

_ Bom dia, senhora - ela estendeu a mão em direção a ele e ele a segurou depositando um beijo.

_ Me chame de Helena. Sou avó da Gabi.

_ Sou Edgar! O novo vizinho.

Helena olhou para a neta, ainda sorrindo.

Ela havia achado o novo vizinho muito atraente e não pode evitar de dar uma piscada para Gabrielle sem se preocupar se ele veria. Imaginou que seria bom para ela esquecer o antigo namorado com uma nova paquera. E ele não parecia nada mal.

_ Bom, vou indo. Foi um prazer, Edgar.

_ O prazer foi todo meu.

A senhora entrou no elevador acenando e Gabrielle sentia-se um pouco envergonhada.

_ É impressão minha ou sua avó gostou de mim? - ele fingiu estar em dúvida.

_ O que você quer? - ela perguntou sem muita paciência.

_ Te dar isto - ele levantou as chaves da garota.

_ Estavam com você? - tentou pegá-las, zangada, mas Edgar puxou a mão de volta.

_ É claro que não! Eu fui até a pizzaria buscar.

_ Ah... obrigada.

_ Me agradeça almoçando comigo.

_ O quê? Nem pensar.

_ Qual o problema? Quero saber mais sobre você.

_ Achei que você não fosse mais insistir nisso.

_ Não estou dando em cima de você agora. Só quero me aproximar. Ser seu amigo.

_ Hum...

_ O que me diz?!

_ Eu não sei se é uma boa ideia me aproximar de você agora...

_ Eu prometo que não farei nada que te deixe mal.

_ Não estou pensando nisso... estou com vergonha e medo de me aproximar de alguém. Você viu o que aconteceu...

_ Vai começar evitar viver por causa do seu ex?

_ Fala baixo!

_ Tá, olha... amanhã eu começo no meu trabalho novo e não vou passar muito tempo em casa... você nem vai saber quando eu estou. Então, não precisa se preocupar que pretendo me aproximar de você aos poucos... mas quero começar por hoje.

Gabrielle não disse nada. Estava se saco cheio de tudo.

_ Qual é? Eu não sou tão ruim assim... só quero sua companhia hoje.

Ela revirou os olhos.

_ Não é chantagem, mas... se você não aceitar, não te devolvo as chaves.

_ O quê? Você é um ridículo!

Ele sorriu.

_ Estou brincando. Toma! - ele entregou as chaves para ela, que pegou ainda insegura achando que seria outra brincadeira dele - Está com você agora. O meu convite está feito.

Edgar se afastou para voltar até seu apartamento.

_ Vou ficar te esperando até às 13 horas. E fique sabendo que eu mesmo irei cozinhar para você.

Dito isso, ele piscou o olho para ela assim como a sua avó havia feito e depois entrou em seu apartamento.

Gabrielle sorriu, mas ainda zangada. Ela ainda tinha algumas horas para decidir se iria ou não almoçar com ele.

Entrou em sua casa e pegou o celular para checar suas redes sociais.

Mais um dia chato.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora