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_ Será que você pode esperar um pouco até que eu entre em casa?

Gabrielle havia passado o resto do caminho em silêncio. Mas agora, no estacionamento de seu prédio, ela pedia para que Edgar a deixasse subir sozinha.

_ Claro.

Ela saiu rapidamente fechando a porta e não olhando para trás. Ficando apenas a imaginar se Edgar a obervava.

Mas ele encostara sua cabeça no banco do carro e fechara o olhos, cansado da viagem e da tensão entre eles.

Assim que o elevador fechou, Edgar saiu do carro para também ir pra casa.

***

_ Filha! Graças a Deus!

Suzana abraçou a filha e se sentiu aliviada por ela estar em casa. Já passavam das 23 horas.

_ Cuidado, mãe! Eu estou toda molhada.

_ Estou vendo! Vá tomar um banho e se aquecer ou ficará doente.

_ E a vovó?

_ Sua avó está bem, ela não sabe da situação das chuvas. Não quis preocuoa-la com você fora de casa. Tome banho e vá vê-la. Ela não quer que eu durma lá esta noite, mas ainda deve estar acordada.

_ Tá bem.

Gabrielle foi até seu quarto guardar sua mochila e visualizou pela última vez o cartão de visitas de Edgar sobre sua escrivaninha e o analisou antes de jogá-lo no lixo.

Ela definitivamente queria distância dele e precisava evitar ao máximo sua lembrança. Mas, no banho, quando fechou os olhos para deixar a água escorrer em seu rosto, lembrou de Edgar e do gosto de seu beijo. Sentiu-se arrepiarse e dedicou-se a imaginar como seria estar nos braços dele agora. Sentindo seu toque e sua respiração ofegante.

Afastou a ideia. Vestiu suas roupas e foi até a casa de sua avó.

_ Como a senhora está? - ela beijou a avó e se sentou na poltrona perto da janela. A chuva havia diminuído bastante.

_ Estou bem. E você? Não parece estar bem - a senhora estava deitada em sua cama e segurava o controle da televisão.

Gabrielle deu de ombros, cruzando as pernas e as apoiando na parede.

_ É o Lucas?

Definitivamente não era o Lucas que estava a deixando daquele jeito.

_ É... mais ou menos.

_ Gabi, sabe que pode confiar na vovó - elas se olharam - Vem, deita aqui.

A garota de pijama se enfiou embaixo das cobertas e suspirou baixinho.

_ É o Edgar!

Sua avó soltou um pequeno sorriso nos lábios sem que a menina percebesse. Ela tinha uma leve impressão de que a garota sentia-se atraída por ele e não imaginou que ele pudesse estar fazendo mal a ela.

_ Quem é Edgar? - ela se fez de boba

_ Vovó! A senhora sabe muito bem quem é Edgar! O seu novo vizinho.

_ Ah sim - ela sorriu - O que tem ele?

_ Ele está...

Gabrielle não queria dizer claramente para sua avó que Edgar queria fazer sexo com ela desde o primeiro momento em que estiveram juntos. Ela não sabia como sua avó reagiria a isto.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora