O Amor Mora Ao Lado

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Agora, mas do que nunca, o plano era se manter distante na Universidade, para que Amanda, Lucas ou nenhuma outra pessoa chegue a desconfiar dos dois.

Edgar estava ignorando as mensagens desnecessárias de sua outra aluna e apenas respondendo tudo no profissional. Ele não precisava mostrar nada disso a Gabrielle, pois era sua privacidade e estava agindo de maneira profissional, no entanto, fazia questão de que ela soubesse de tudo, para que não houvesse outro mal-entendido.

Pouco mais de um mês separavam Gabrielle e Edgar das férias do meio do ano. Logo ele não seria mais professor dela e não precisariam mais se esconder, mesmo sabendo que deveriam continuar indo aos poucos com aquela relação.

Edgar havia assumido para si mesmo e para ela que a desejava como nunca antes havia desejado outra mulher.

_ É estranho porque... Não penso mais em sexo como antes – Ele disse enquanto ela vestia sua camiseta e deitava-se ao seu lado após terem feito sexo.

_ Ah, não? – Gabrielle sentiu aquele comentário a incomodar. Afinal, porque Edgar estaria perdendo o interesse pelo sexo logo agora com ela?

_ Não. Descobri que tenho outras prioridades.

_ Como assim?

Deitados um ao lado do outro, após mais uma semana de trabalho, estudos, sexo e companheirismo, Edgar precisava se explicar melhor.

Ele sorriu ao notar que ela estava o interpretando mal e logo a puxou para mais perto.

_ Eu adoro fazer sexo com você. É a minha atividade física favorita! Mas é estranho porque não penso mais da mesma forma. Eu não quero fazer sexo com você apenas por que é bom...

_ Então porquê?

Edgar tinha um sorriso tímido nos lábios e isso fazia Gabrielle querer beijá-lo. Mas não faria sem antes entender se o que ele estava querendo dizer seria bom para ela.

_ Porque me importa saber como você está. Me importa saber se você está bem com tudo isso e se está feliz. Porque eu quero que você esteja feliz. Me lembro de como tudo começou e ainda me sinto mal por ter sido tão imbecil com você. Eu não quero mais só sexo com mulheres aleatórias e estou com medo de que você não acredite em mim. Porque às vezes, durante o dia... Nem eu mesmo acredito que estou sentindo tanto a sua falta.

Gabrielle sentiu o coração acelerar com aquelas palavras.

_ É tudo tão... Diferente agora... E é tudo sua culpa – Ele depositou um beijo no pescoço dela, a fazendo arrepiar-se – Eu só consigo pensar que não quero que você vá embora da minha vida. Não sei o que temos ainda, mas... Eu já tenho quase tudo o que me deixa feliz, Gabi. E é aí que você entra... Porque eu quero que você seja feliz também, para querer estar ao meu lado.

_ Que coisa tão linda – Ela disse com os olhos marejados.

_ O sexo é só uma consequência de estarmos bem, você não acha?

Ela concordou em silêncio. Estava empolgada com as palavras dele.

_ Há dois meses, se me dissessem que nós estaríamos assim, após tudo o que já inventamos e vivemos – Ele sorriu – Talvez eu tivesse pulado fora, mas... Que bom que não desistimos de nada disso. Independentemente de qualquer coisa, eu só tenho a te agradecer por ter mudado a minha vida.

_ Quer me fazer chorar? – Ela secou uma pequena lágrima – Estou muito chorona por sua causa, sabia disso?

_ Se for de felicidade, não vejo problema algum – Ele beijou os seus olhos e em seguida a boca.