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Quando Gabrielle abriu os olhos já era noite. A chuva havia diminuído e quase não se ouvia seus ruídos. Edgar estava sentado a beira do sofá, vendo-a dormir.

Em determinado momento, ele se levantara para ir ao banheiro, mas a garota não acordou.

_ Dormi demais?

_ São quase 20 horas.

_ Acho que vou pra casa. - ela sorria sem jeito.

_ Não está com fome?

_ Na verdade estou. Mas vou até a casa da minha avó ver como ela está.

Gabrielle se levantou e passou por Edgar, para calçar seus chinelos.

_ Eu não ronquei, né? - ela se apoiou nele. - Se eu ronquei foi por causa do resfriado. Eu juro.

_ Você não roncou - ele riu.

_ Que bom. O Lucas senpre dizia... Deixa pra lá.

Imediatamente ela se arrependeu por ter mencionado seu ex namorado. Não queria mais pensar em Lucas de jeito nenhum.

_ Nos vemos amanhã? - ele fingiu não ter ouvido.

_ É... pode ser.

_ Você pode vir a hora que quiser. Isso é, se as aulas forem mesmo canceladas.

_ Claro.

Na porta, ela se estendeu na ponta dos pés para beijar a bochecha de Edgar e depois lhe roubar um cheiro no pescoço. Então, Gabrielle foi embora para a casa de sua avó e deixou Edgar com gostinho de quero mais.

Dessa vez, ela não contara para sua avó detalhes de sua aproximação com Edgar. Queria realmente deixar as coisas seguirem naturalmente.

Foi para casa e checou suas redes sociais. Lembrou do cartão jogado no lixo e adicionou o número que estava nele. Naquela noite, ela demorara a dormir, mas antes de pegar no sono, enviou uma mensagem de boa noite para Edgar.

***

No dia seguinte, Gabrielle recebeu uma mensagem de seu professor lhe avisando sobre o cancelamento das aulas durante o resto da semana e que a Universidade convocava a todos para ajudarem na limpeza no dia seguinte

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No dia seguinte, Gabrielle recebeu uma mensagem de seu professor lhe avisando sobre o cancelamento das aulas durante o resto da semana e que a Universidade convocava a todos para ajudarem na limpeza no dia seguinte.

_ Sexta é meu dia de folga, sabia? - Edgar disse a ela quando estavam no elevador.

_ Ah, mas você ficou em casa ontem e ficará hoje.

Os dois estavam indo comprar pizza para o jantar, depois de terem passado toda a tarde de quinta-feira conversando e assistindo programas idiotas na TV. Estavam mesmo começando a se dar bem e ela se sentia atraída pela companhia dele.

_ Não estou falando por isso. Quero que saiba qual o meu dia de folga. Não dou aulas na sexta-feira.

_ Tá bom.

Pediram a pizza e resolveram comer ma pizzaria mesmo. Rezando para que Lucas não aparecesse como na outra vez.

_ Ainda bem que parou de chover.

_ É sim. Mas vá se acostumando que por aqui é sempre chove.

_ Tenho que me acostumar.

Voltando para casa, o celular de Edgar toca.

_ Não vai atender?

_ É um número desconhecido. Deve ser a operadora.

Não era a operadora e o número continuou a insistir durante todo o percurso. Quando entraram dentro do apartamento de Edgar, ele entregou o celular para ela.

_ Atende. Se for trabalho, finge que é minha secretaria. Se for algum vendedor, diz que não estou.

_ Tá.

Gabrielle pegou o celular e caminhou até o sofá, para atendê-lo. Enquanto Edgar foi até o banheiro.

_ Alô? - ela disse.

_ Alô, quem é? - A voz de uma mulher intimidou Gabrielle.

_ Marina? - ela imaginou que seria a irmã de Edgar, mas não reconhecia a voz.

_ Não. Não é a Marina. Quem é você?

_ Foi você quem ligou. Então, quem é você?

_ Não importa. Onde está o Edgar?

_ Ele não está.

_ E porque você está com o celular dele?

_ Não importa. O que você quer com ele? - ela estava tentado ser firme.

_ É algum caso que ele está tendo?

_ Isso não é da sua conta! - Gabrielle irritou-se.

_ Hum, então você é mais um caso - A mulher do outro lado concluiu.

_ Eu não sou mais um caso... sou a namorada dele.

Onde Gabrielle estava com a cabeça ela não sabia. Mas agora estava mentindo para uma desconhecida sobre estar namorando um também desconhecido para ela.

_ Namorada? - a mulher se surpreendeu. - Desde quando o Edgar tem namorada?

_ Isso não é da sua conta. Vai dizer o que quer com o meu namorado ou não?

A mulher fez alguns segundos de silêncio.

_ Não. O meu assunto é com ele.

Gabrielle não teve tempo de responder, pois a mulher desligou em sua cara.

_ Quem era? - Edgar apareceu na sala, secando as mãos na bermuda.

_ Era engano.

Ela estava mentindo, pois não queria dizer a Edgar que acabara de se intitular namorada dele. Nem que tenha sido só para se defender de ser só mais um caso. Embora esse fosse mesmo o nome correto para o que Edgar queria.

_ Acho que vou pra casa. Nos vemos amanhã para ir até a faculdade?

_ Claro.

Edgar a acompanhou até a porta e ela estava nervosa por ter mentido.

_ Você está bem?

_ Estou. - ela não estava - Ja vou indo.

É claro que ele não imaginava o que acabara de acontecer e nem descobriria agora o que ela fez.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora