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Assim que saiu da sala, Gabrielle sentiu uma enorme vontade de correr para o mais longe que conseguisse. Queria fugir.

_Gabi! - Alguém gritou - Você esqueceu sua apostila na sala.

_Ah... Obrigada, Júlia.

A garota se aproximou mais entregou os papeis a outra, que parecia estar no mundo da lua.

_Você está bem?

Gabrielle acenou com a cabeça e logo guardou sua apostila na mochila.

_Olha... não somos próximas, mas... eu te via sempre com o seu namorado e agora está sempre sozinha - Gabrielle a encarou surpresa - Bem... quero dizer... eu sempre estou sozinha, então, se quiser alguém pra, sei la... ficar sozinha junto, eu estou aqui.

Ela achou aquilo engraçado. Nunca havia reparado muito nas outras meninas de sua sala. Em geral elas não eram muito simpáticas com Gabrielle e por isso ela preferia evitar o contato.

_Ah, obrigada... eu acho - ela sorriu - Mas agora eu já vou indo pra casa. A gente se vê amanhã.

Bem que ela gostou da ideia de fazer uma nova amizade. Suas amigas do colégio já haviam seguido outros caminhos e ela estava mesmo sozinha depois do fim de seu relacionamento. No entanto, aquela amizade poderia esperar. Gabrielle queria chegar em casa bem antes de Edgar.

Queria evitá-lo.



***

Edgar arrumou suas coisas na sala de aula e se dirigiu até a sua sala. Ele dividiria o lugar com mais dois professores, também de arquitetura.

Seu pensamento estava longe. Estava em Gabrielle.

Percebeu que todo seu plano e vontade de fazer com que Gabrielle dormisse com ele havia se fragilizado, agora que eram professor e aluna.

Definitivamente, Edgar nunca havia se relacionado com uma aluna, mesmo que para sexo casual. Embora gostasse de ser paquerado e de ter garotas dando em cima dela, aquilo sempre esteve fora de cogitação. Agora, no entanto, ele havia conhecido Gabrielle como sua jovem vizinha e seria difícil resistir a tanto desejo.

Embora ele soubesse de toda a situação da garota, ele não podia evitar seus pensamentos com ela e no fundo sentia-se feliz que ainda não houvesse acontecido nada demais entre os dois.

Não era como se de fato ele estivesse apaixonado por ela com intenções sérias e com direito a romance.

Quando viu Gabrielle no estacionamento pela primeira vez, Edgar sentiu uma crescente oportunidade de passar o seu tempo no novo prédio. A garota era incrivelmente linda, delicada e doce, apesar de toda a agressividade com o carro.

No dia seguinte em que a vira, descobriu que a garota seria sua vizinha e isso o fez se inspirar ainda mais. 

Estava sem sexo há algum tempo e a forma suave da existência dela o fez perceber o quanto ele estava precisando daquilo.

Queria fazer sexo com ela e estava apaixonado por essa ideia. 

Para Edgar, a paixão é algo fundamental em qualquer relação. Seja no trabalho ou na vida, amorosa ou sexual, tudo deve ser movido pela paixão e por isso disse a Gabrielle que estava apaixonado por ela.

Talvez ela não tivesse entendido isso ainda. Mas certamente entenderia.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora