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Quando Edgar chegou novamente no corredor de sua sala, os alunos o observaram surpresos pelo estado em que ele se encontrava. Inteiramente molhado.

_ Meu Deus, professor, o senhor vai ficar doente!

A aluna que antes conversava com ele se espantou.

_ Tudo bem. Vou até o banheiro tentar me secar e depois tomarei um café.

Edgar pegou suas coisas rapidamente e saiu para encontrar Gabrielle, torcendo para que a garota não tivesse desobedicido as ordens.

No caminho, seu celular tocou.

_ Marina?! O que houve? Você está bem?

_ Ei! Relaxa, Edgar! Liguei pra saber se você está bem. Vi a notícia na internet.

_ Ah, estou. Ainda estou na faculdade. Não podemos sair por enquanto.

_ Mas a chuva já está parando?!

_ Digamos que sim, comparado ao que já choveu.

_ Não está achando emocionante seu segundo dia de aula? - Marina riu do outro lado.

_ Nem um pouco!

Edgar ainda conversava com a irmã, quando chegou perto de Gabrielle e se sentiu aliviado por ela ainda estar lá.

_ Não. Tudo bem. Diga a ela que no final de semana nos veremos.

Ele falava da sobrinha.

_ A mamãe perguntou por você também - Marina disse.

_ Não me diga?! Perguntou o quê?

_ Se você estava bem... se estava gostando daí.

_ E o que você respondeu?

Gabrielle observava atenta a conversa de Edgar enquanto fingia analisar seu computador que estava dentro da mochila. Por sorte, o tecido sintético não havia deixado molhar os seus pertences.

_ Ah, eu mandei ela perguntar pra você...

_ Ficou maluca?!

_ Calma! Ela não vai falar com você nem tão cedo.

_ Assim espero!

_ Mas bem que você podia ligar pra ela né... dizer que está bem.

_ Porque eu deveria? Não fiz nada de errado. E mais... - ele estava começando a se estressar - olha, eu tenho que resolver umas coisas por aqui. Depois conversamos. Tchau.

Antes que Marina pudesse responder, Edgar desligou a ligação.

_ Tudo bem com as suas coisas?

Gabrielle assentiu e Edgar sentou ao lado da garota.

_ Me Desculpe... pela ceninha que fiz. E por ter feito você se molhar todo. - ela disse depois de alguns minutos em silêncio, olhando a chuva cair.

_ Tudo bem. Eu entendo... Aquela garota te empurrou na chuva... Por que?

A loira com os cabelos inteiramente molhados bufou de raiva.

_ Porque ela é louca. Com certeza tem problemas mentais e é perigosa.

Edgar riu sem jeito.

_ Vi vocês duas conversando e... de repente, você estava indo embora toda molhada. Achei no mínimo, curioso. Vocês são amigas?

_ Definitivamente não!

A verdade é que Edgar imaginava haver um motivo para Júlia ter feito aquilo e ele.gostaria muito de saber o que era.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora