Assim que se arrumou, Gabrielle seguiu até o hospital para ver sua avó. Estava ansiosa e desejou profundamente que não desse de cara com Edgar pelo prédio. Não queria vê-lo agora.
Passavam das 8 horas.
_ Bom dia, mãe - elas se abraçaram.
_ Bom dia, filha.
_ Onde está o papai?
A enfermeira bufou.
_ Seu pai se despediu da sua mãe e foi para o restaurante.
O restaurante de seu pai funcionava nos 3 horários. Por isso ele quase nunca estava em casa.
_ Ah... posso ver a vovó?
_ Claro, daqui a pouco ela estará de alta e você pode levá-la para casa.
_ A senhora não vem?
_ Não. Já que comecei mais um plantão, agora vou termina-lo. Não estou afim de ir pra casa e me estressar ainda mais com o seu pai.
_ Tudo bem.
Gabrielle foi até sua avó e não pode deixar de se emocionar ao vê-la bem.
_ Pare de chorar, eu não morri.
_ Vovó, não fale assim!
As duas eram muito próximas.
_ Fiquei com medo de perde-la.
_ Não sabia que vaso ruim não quebra?
O médico entrou para dar alta a dona Helena e não pode evitar de ser simpático com Gabrielle.
_ Bom dia! - disse segurando o olhar da garota e sorrindo para ela.
_ Bom dia.
_ Vejo que está em boa companhia, dona Helena.
_ Essa é a minha neta Gabrielle. Filha da Suzana.
_ Muito linda, igual a avó.
Gabrielle corou instantaneamente. Sua avó sorria de orelha a orelha.
_ Tome - o médico entregara um cartão para a garota - eu sei que sua mãe é enfermeira, mas se precisar de um médico para sua avó... ou para você, é só me ligar.
Que descarado - ela pensou.
_ Podemos ir? - disse pegando o cartão e guardando na bolsa.
_ Sim. Mas não esqueça, dona Helena. A senhora precisa se muito repouso.
_ Tá, tá... - ela disse sem paciência para tantos cuidados com ela.
Depois de alguns minutos, as duas chegaram no prédio. Quando saíram do elevador, Edgar esperava para descer.
_ Dona Helena! Que bom vê-la bem!
_ Oh, meu querido, você soube?
_ Sim, a Gabi me contou.
Gabrielle sentiu as bochechas ferverem.
_ Ah, ela te contou?
Helena olhou pra neta em suspeita, mas não disse nada.
_ A senhora precisa ficar de repouso para não se cansar.
_ Ah, por favor, se eu ouvir mais uma vez isso juro que me mudo para outro país.
Os três sorriram do que ela disse.
_ Vamos, vovó, a senhora precisa comer.
_ Agora é assim, estão vendo? Depois que a gente fica velha acham que pode mandar na gente.
Ela saiu andando, deixando a neta a sós com o vizinho e entrando em seu apartamento.
_ Que bom que ela está bem.
A garota concordou sorrindo
_ Você... dormiu bem?
_ Sim... e você?
_ Melhor impossível. Só vai ser difícil dormir sem sentir o seu cheiro hoje.
_ Eu posso te dar um pouco do meu perfume se quiser.
Edgar riu mordendo os lábios. A verdade é que ela também havia gostado de dormir sentindo o cheiro dele.
_ Você ainda não foi trabalhar? - ela olhou a hora no celular.
_ Não, hoje eu começo às 14 horas. Vou sair pra almoçar e encontrar com a minha irmã e sobrinha antes.
_ Ah.
Gabrielle ficou se perguntando que tipo de trabalho deveria ser o dele, mas não queria demonstrar tanto interesse.
_ Nós... podemos nos ver à noite, quando eu chegar?
_ Não dá, à noite eu tenho aula.
_ O que você estuda?
Antes que ela pudesse responder o elevador abriu.
_ Pai? O que faz aqui a essa hora?
_ Vim ver a mamãe.
Aquilo era de se admirar, levando em consideração que estava quase na hora do almoço do restaurante.
Ele encarou Edgar por não conhece-lo e vê-lo conversar com sua filha.
Edgar estendeu a mão.
_ Olá, sou Edgar, o novo vizinho.
_ Roberto. - eles se cumprimentaram.
O pai de Gabrielle acenou com a cabeça e entrou no apartamento de sua mãe.
_ Vou indo. Até outra hora. - a menina se despediu.
_ Até outra hora, Gabi.
Ele entrou no elevador e ela foi encontrar seu pai e avó.
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O Amor Mora Ao Lado
RomanceProfessor e Aluna - Vizinhos. Após o termino de seu relacionamento, tudo que Gabrielle deseja é passar um tempo sozinha. Após o tempo que ficara em off, tudo que Edgar deseja é poder ficar com a garota. Juntos, os dois descobrirão que o amor pode mo...