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_ O seu pai veio aqui.

_ O que? Pra que? - Gabrielle saltou da cama. Ela havia acabado de acordar e ainda estava sonolenta para se levantar, por isso ficou tonta e acabou se sentando - O que ele queria?

_ Conversar comigo - Edgar disse, parado em frente a cama. Um sorriso nos lábios.

_ Exatamente sobre o que ele queria conversar com você?

_ Sobre você. O que mais seria?

_ Edgar! - Gabrielle se irritou por ele estar enrolando para dizer.

_ Na verdade, eu liguei pra ele pedindo para conversarmos, mas não imaginei que ele viria aqui agora mesmo.

_ E por qual motivo você faria isso?

Ele sorriu. Gabrielle parecia desesperada.

_ Não fique preocupada, eu só queria ter uma conversa entre genro e sogro.

_ Mas do que é que você tá falando? Ficou maluco? O que precisa conversar com o meu pai sobre mim?

_ Não seja tão curiosa. Já conversamos, está tudo resolvido.

_ Eu não estaria curiosa se você não tivesse dito que ele veio, pois eu jamais saberia.

Agora Gabrielle estava de pé, irritada e sem paciência.

_ Não seja tão tão chata. Eu quis dizer que ele veio, porque ele ainda está aqui - Gabrielle ficou em choque e apreensiva - Se arrume e venha nos ver.

Edgar saiu do quarto e deixou a garota totalmente perdida.

Por sorte, Gabrielle já havia levado e deixado muita roupa dela na casa de Edgar. Então ela escovou os dentes, arrumou o cabelo e ensaiou seu sorriso mais doce para encarar o seu pai.

Ela não fazia a menor ideia do porque ele estava lá.

_ Papai?!

_ Oi, minha querida.

_ O que está fazendo aqui?

Era final de semana e o restaurante deveria estar pegando fogo, visto que se passavam das 10 horas da manhã.

_ É isso que nós vamos descobrir - Ele olhou para Edgar, mas com uma cara de quem não estava nenhum pouco surpreso pelo que estava prestes a vir.

Agora Gabrielle notara que Edgar estava arrumado. Muito mais arrumado do que estaria para ficar em casa.

_ Eu acho que talvez tenha demorado a entender um pouco - Edgar começou - Mas agora que sei o que sinto, não tenho vergonha ou medo de admitir que estou completamente apaixonado por você Gabrielle.

Ele estava ali, de pé, em frente ao pai dela, que por sua vez, permanecia sentado.

Gabrielle se aproximou ainda mais com o que ouvira.

_ É bom dizer e é bom me ouvir dizer - Ele sorriu.

Edgar tirou algo do bolso.

_ Infelizmente ainda não sou muito bem vindo em sua casa para ir até lá, mas eu chamei o seu pai aqui porque, de certa forma, ainda os devia um pedido oficial e sei que ele ficará satisfeito em ouvi-lo.

Agora o pai de Gabrielle ficara de pé. Ele sabia mesmo o que estava por vim.

_ Senhor Roberto, eu amo a sua filha. Estou completamente seguro de que a quero em minha vida e gostaria de sua permissão e aprovação para namorá-la. O senhor me permite?

Gabrielle estava boquiaberta. Não era nada demais o que estava fazendo, mas ela não imaginava de onde Edgar teria conseguido toda aquela coragem.

_ Sei que sua esposa ainda não está de acordo, mas não me sinto confortável morando ao lado do meu amor e não podendo visitá-la. É como se ainda estivéssemos fazendo algo errado. Quero a sua permissão para também frequentar a sua casa como namorado da Gabrielle, desde que Suzana não fique desconfortável a ponto de me expulsar, é claro.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora