O Amor Mora Ao Lado

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Depois de um banho demorado, Gabrielle foi visitar sua avó e mesmo com tantas perguntas, manteve-se em silêncio sobre Edgar.

_ Seu professor deve fazer muito sucesso com as garotas na faculdade, né?

_ É. Um pouco - ela dise trocando de canal na TV.

_ E você não se aproveita por ele ser seu vizinho?

_ Como assim, vovó?

_ Ah... fazer inveja as outras garotas por vocês morarem tão próximos - ela ria como uma adolescente.

Mal sabia ela que a proximidade entre eles já ia muito além disso.

_ Não. Tento não dar muita atenção a isso.

_ Porquê?

_ Vovó, por favor! Todas às vezes que venho aqui a senhora fica falando do Edgar. Já disse que não temos e não teremos nada. - ela mentiu, fingindo estar zangada.

_ Calma! Não precisa ficar estressadinha. É que eu me preocupo com você e tenho medo de que volte pro embuste do seu ex namorado.

_ E por isso quer me empurrar pro primeiro homem que aparece? - agora, de fato, ela estava começando a ficar zangada.

_ Não. Claro que não. Já disse que enxergo nele um bom homem e que não é de se jogar fora a oportunidade de conhecê-lo melhor. É arquiteto. O que você quer ser... É independente, o que você já vem sendo... me parece ser um homem bastante seguro de si...

_ Então porque não se aproxima dele a senhora? Já que vê tantas qualidades nele...

Gabrielle levantou do sofá para ir embora.

_ Nossa, não vai almoçar comigo?

_ Não!

Apesar de dona Helena ter razão em várias de suas opiniões sobre Edgar, ela sabia que o sentido daquela conversa ia muito além de só sexo, única coisa que eles queriam um do outro, e por isso, evitar aquela ideia era necessária, para não despertar nada nela mesma.

Quando fechou a porta, entrou no elevador para descer até o mercado da esquina e comprar algum refrigerante para tomar no almoço.

Estava distraída na volta, quando alguém saltitante apareceu a sua frente.

_ Ei!!! Porque não me disse que era a namorada do titio, hein?

Nina fingia estar zangada, mas logo soltou um sorriso banguelo para Gabrielle.

Marina veio logo atrás, fazendo sinal para que ela não desmentisse nada para a garotinha.

_ Oi! E-eu...

_ Desculpe, Gabrielle. - Marina a abraçou fingindo intimidade - Tivemos que contar para Nina que vocês estavam namorando - ela piscou um olho sem que a filha visse.

_Ah, claro...

_ Filha, dá um abraço na namorada do seu tio e fala pra ela o quanto ficou feliz.

Nina demorou para atender o pedido, fingindo estar incomodada. Mas logo foi sincera.

_ Eu amei! De verdade! - ela abraçou Gabrielle pela cintura e logo recebeu um abraço de volta, meio sem jeito - Seja bem-vinda a família.

_ Obrigada...

_ Você vai almoçar com a gente? - a garotinha perguntou.

Gabrielle não sabia como se comportar. Havia sido mais fácil mentir para mãe de Edgar do que para Nina, uma criança.