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De todos os sentimentos que Gabrielle havia sentido dutante o tempo que estivera conhecendo Edgar, aquele era o mais certo.

A sensação de estar dando fim a algo que precisava acabar a deixava sentindo-se mais leve.

De longe, ela sabia que aquilo havia sido a loucura mais irresponsável que havia feito. Onde já se viu, enganar os outros desta forma, fingindo um relacionamento que não existe?

Em geral ela não se sentia muito adulta com a pouca idade, mas agora, sentiasse como uma adolescente impridente e mimada.

Pois a intenção dela era unicamente atender as suas curiosidades.

Edgar era um homem transparente quanto ao modo em que levava a vida e todas as qualidades dele fizeram Gabrielle deseja-lo de verdade.

Experimentar como seria namorar um homem como ele era a verdadeira e íntima intenção. E agora ela sabia.

Voltar para casa a fez perceber que precisava dar um basta naquela situação ou caso contrário se apaixonaria verdadeiramente por ele. E isso seria péssimo.

Gabrielle passara a noite inteira pensando em Edgar e sua família. Ela não deveria ter enganado a mãe dele. Ela não deveria ter conhecido todas aquelas pessoas, sabendo que a farsa não duraria por muito tempo.

Ela estava decidida a conversar com Edgar e assim parariam de se ver intimamente com tanta frequência, até serem apenas uma lembrança boa.

Tudo era inacreditavelmente confuso para ela. Onde Lucas se encaixava nessa história? Já não haviam mais espaços para ele nos pensamentos dela.

Lucas era um passado do qual Gabrielle ainda sentia dor, mas havia conseguido deixa-lo para trás. Em um curto tempo que ela mesma duvidava.

Quando, incentivada pela raiva de ve-lo sentado na mesa de sua avó, Gabrielle acabou com todo o caso entre eles.

Ela estava ansiosa. Sabia que os seus sentimentos por Edgar eram muito mais do que físico e imagina-lo fazendo o mesmo que ela havia feito com a família dela a deixou com vontade de chorar, por não ser verdade.

Havia uma grande possibilidade de Gabrielle estar apaixonada por Edgar, e por isso, ela decidiu cortar a relação deles ali mesmo, em frente a avó dela.

Em partes, ela estava zangada consigo mesmo. Por não ser capaz de apenas transar com Edgar e não se importar com ele. Porque ela se importava. No entanto, sabia que para Edgar, o máximo havia sido passar por cima do fato dela ser sua aluna simplesmente porque ele queria muito fazer sexo.

Por isso, depois que saiu da casa de sua avó, Gabrielle sentiu-se extremamente angustiada, porém leve, como a satisfação de ter conseguido se livrar dele.

_ O que houve com você? - Júlia perguntou notando a distração da nova amiga, na cantina enquanto tomavam um café no intervalo.

Júlia havia mesmo desistido do curso de arquitetura, mas, mesmo assim, continuava frequentando a Universidade para se encontrar com Gabrielle e assim compartilhar as novidades.

Infelizmente, Gabrielle ainda sentia vergonha por compartilhar as coisas com ela.

_ Nada. - Ela deu de ombros.

Acontece que Gabrielle havia acabado de sair da primeira aula de Edgar, após o que havia acontecido naquela manhã.

Ela mal havia o encarado. Estava apenas se esforçando para prestar atenção e e entender o assunto.

_ Preciso voltar para a aula. - Ela se despediu e foi embora, vootando para Edgar.

Alguns alunos já haviam voltado.

_Gabrielle - Edgar a chamou - Distribua estes papéis, por favor.

Ele estava tentando se aproximar, mesmo que fosse apenas como professor.

_ Outro teste? - Alguém perguntou.

_ Não, é um poema - Edgar respondeu sorrindo com a própria piada. Pois de fato, era mesmo um teste.

Gabrielle pegou as folhas sem encara-lo e as distribuiu.

_ Se o senhor vai fazer testes surpresas todos os dias, não será mais surpresa. - Alguém fez esta analise.

Querendo ou não, todos teriam que responde-lo e por isso Gabrielle o respondeu sem reclamar.

Logo a turma começou a sair quando terminavam e Gabrielle entregou o teste mas mãos de Edgar.

A primeira aula após o acontecido já havia passado e a garota loira correu até seu carro, para chegar em casa primeiro que Edgar.

Agora ela entendia o verdadeiro sentido de evitar alguma coisa. E era difícil.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora