28

3.8K 225 0
                                    

Quando o sol entrou pela janela do quarto, Edgar levou alguns segundos para lembrar que dia era, assim como fazia todos os dias.

Sábado.

Abriu os olhos devagar e contemplou a mulher que dormia ao seu lado. Parecia tranquila e confortável com seu ar sexy e angelical.

Edgar não conseguia lembrar da última vez que dormira com uma mulher sem terem feito sexo e agora estava ali. Excitado, porém contido.

Afastou as cobertas com cuidado e Gabrielle deu um leve suspiro, virando-se para o outro lado. Ele não queria acorda-la. Saiu da cama silenciosamente e checou a hora em seu relógio.

10 horas da manhã.

Passou por sua cabeça se os pais de Gabrielle haviam notado que a garota não havia dormido em casa, mas ele não tinha muito o que fazer.

Foi até o banheiro para fazer suas necessidades e logo em seguida seguiu até a cozinha para preparar um café da manhã para eles.

Sentia-se estranho por estar ansioso com a mulher em seu quarto, mas não podia evitar.

Havia prometido a Gabrielle que se comportaria bem com relação ao que havia acontecido, mas não fazia ideia de como a garota agiria. Se ela lembraria de tudo...

Seus pensamentos foram cortados quando a campainha tocou.

Seriam os pais ou avó de Gabrielle?

Não pode evitar de sentir um frio na barriga.

De toda forma, negaria a presença da garota.

Abriu a porta e se surpreendeu.

_ Você?

A mulher parada a frente da porta encarava Edgar como se fosse uma felina pronta para dar o bote.

Sem ser convidada, entrou no apartamento em passos leves e analisou todo o ambiente como se estivesse interessada em comprá-lo.

_ O que está fazendo aqui?

_ É assim que me recebe? - ela o encarou quando já estava no meio da sala.

_ O que veio fazer aqui?

_ Vim vê-lo... Estava com saudades.

Edgar suspirou não acreditando nela e fechou a porta atrás de si.

_ Você se mudou sem se despedir.

_ Não seja hipócrita, por favor.

_ Não estou sendo. Sou sua mãe! Você sempre será meu filho... independente de qualquer coisa.

A mulher elegante e com ar de superioridade encarando Edgar era sua mãe.

_ Você nunca me procurou... Então não invente desculpas simplesmente por que quer ver se me dei mal na vida.

Ele abriu os braços no meio da sala.

_ Viu? Meu apartamento é ótimo. Meu carro é ótimo. Meu emprego é ótimo... Não preciso do seu dinheiro.

_ Não vim falar de dinheiro, Edgar! E me dói muito saber que você acha que eu quero vê-lo mal.

Edgar sorriu em deboche.

_ Por favor... seja direta e rápida em sua visita. Não quero perder o meu sábado. O que você quer?

A mulher estava irritada, mas demosntrava paciência.

_ Na verdade... eu vim por um motivo.

Ela abriu a bolsa e tirou um envelope branco de dentro.

_ É o convite do noivado do seu primo - ela o estendeu para ele.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora