Depois de dirigir por 20 minutos, Gabrielle chegou até o hospital e avisou ao seu pai, que veio encontrá-la.
_ Como ela está? - perguntou agitada.
_ Está em observação, querida. Mas precisa de um acompanhante e você sabe que preciso voltar para o restaurante.
_ Sei.
O jeito que seu pai tinha de se preocupar extremamente com o restaurante irritava a garota. Irritava também a sua avó e sua mãe.
Ele a levou até a senhora que tomava soro e se despediu das duas.
_ Que susto, vovó! - Gabrielle fingiu estar brigando com ela.
_ Você não precisa ficar, querida.
_ Claro que preciso!
_ Não... você não tem nenhum compromisso hoje?
_ Eu não - ela deu de ombros lembrando que não tinha mais namorado.
_ O que você achou do novo vizinho?
_ Vovó, acho que a senhora não pode ficar falando.
A verdade é que Gabrielle já havia achado muitas coisas sobre ele desde que o conheceu no estacionamento.
_ Eu o achei muito bonito e atraente. - a senhora disse sorrindo.
A garota apenas deu de ombros.
_ Você deveria arranjar um namorado como ele... um homem. E não um moleque como o seu ex. Seu avô era um pouco mais velho que eu, como você sabe...
_ Vovó, Não comece.
Dona Helena não gostava do Lucas muito antes de saber que ele neta.
_ Só estou dizendo que ele é um partidão.
_ A senhora nem o conhece!
_ E você já o conhece?
_ Não!
_ Então o que estava fazendo parada com ele na porta de casa?
Se ela soubesse o que havia acontecido na noite anterior. Que ele havia dado em cima dela. Que havia levado um soco por ela e batido no Lucas. E que os dois beberam vinho juntos, certamente encheria a paciência dela ainda mais.
_ Ele achou minhas chaves no estacionamento do prédio e foi me entregar.
_ E como ele sabia que eram suas?
_ Ai, vovó, porque tem o meu nome no chaveiro, lembra? Foi a senhora quem me deu. - ela bufou.
_ Mas como ele sabia que você era a Gabrielle do chaveiro?
Muito curiosa, ela continuava insistindo.
Gabrielle mostrou o pequeno curativo no braço.
_ Porque eu cai em cima de algumas caixas da mudança dele.
Imediatamente a avó dela notou o machucado roxo em seu braço.
_E esse machucado?
A garota se assustou com a pergunta.
_ An? Que machucado?
_ Isso roxo no seu braço, Gabrielle.
_ Hum-m, não... não sei.
Felizmente uma enfermeira entrou para aferir novamente a pressão dela e atrapalhou a conversa.
_ Acho melhor a senhora permanecer calada - ela disse olhando para as duas. - sua pressão continua alta. Se ficar assim até à tarde, terá que passar à noite por aqui.
Gabrielle concordou com a enfermeira e sua avó revirou os olhos.
_ Vou comer alguma coisa - deu um beijo nela e saiu.
Ao caminhar até a cantina do hospital, lembrou do convite de Edgar para almoçar e se sentiu mal pornão poder lhe avisar que não iria, já que ela não tinha o número do seu telefone.
Certamente ela não iria aceitar o seu convite, mas pelo menos seria porque estava em casa e com preguiça e não porque sua avó estava hospitalizada.
Ela sentia que isso soaria como uma boa desculpa para não ir, mesmo que a intenção dela fosse realmente essa. Não ir.
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O Amor Mora Ao Lado
RomanceProfessor e Aluna - Vizinhos. Após o termino de seu relacionamento, tudo que Gabrielle deseja é passar um tempo sozinha. Após o tempo que ficara em off, tudo que Edgar deseja é poder ficar com a garota. Juntos, os dois descobrirão que o amor pode mo...