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_ Em primeiro lugar: Não estou voltando atrás e fazendo isso para ficar perto de você ou brincar de casinha mais uma vez.

Gabrielle começou a dizer, assim que parou no meio da sala de Edgar.

_ Segundo: Não vou fazer isso por muito tempo e você precisa dar um fim nessa história e se não contar para sua mãe que nós terminamos, eu mesma farei isso.

_ Hoje? – Edgar queria evitar aquilo a todo custo.

_ Não... Não precisa ser hoje, mas você tem que fazer isso logo.

Ele concordou.

_ Não vou me esforçar em parecer uma boa e amorosa namorada, então você pode colocar a desculpa no meu estado de saúde se quiser... E também não precisa fingir que gosta de mim.

_ Gabi...

_ Em terceiro: Estou fazendo isso porque fui eu quem te meteu nisso inventando essa história e não é justo com você te deixar sozinho nessa...  mas não quero que se aproveite da situação para criar um vínculo entre nós outra vez, entendeu?

Edgar estava totalmente desconfortável com todas àquelas regras.

_ Entendi.

_ Ótimo. Agora vou tomar um banho e me deitar na sua cama.

A garota entrou no quarto de Edgar e o deixou se odiando ainda mais por se tão fraco.

Em pouco tempo sua mãe, irmã e sobrinha estariam ali e ele teria de encarar mais uma vez, o medo e prazer de estar ao lado de Gabrielle.

Edgar começou a preparar o almoço, para estar livre quando elas chegassem e ouviu quando o celular de Gabrielle tocou em seu quarto.

_ Gabi?

Ela levou alguns segundos para responder.

_ Oi.

_ O seu celular estava chamando.

_ Quem era?

Edgar olhou para o celular e o desbloqueou.

_ Júlia.

A garota abriu a porta do boxe e tomou o celular das mãos dele.

_ Obrigada, já pode ir. – Disse com o incomodo de tê-lo ali tão perto enquanto ela estava nua.

Edgar voltou a cozinha e ouviu Gabrielle dizer para a amiga que estava se sentindo bem, mas que não iria para a faculdade à noite.

Depois que ela tomou banho, Gabrielle deitou-se na cama de Edgar e então sentiu o frio na barriga a invadir e todas as boas e não tão boas lembranças vieram a sua mente.

O cheiro dele era incomparável e estava espalhado por toda a cama.

Gabrielle sentiu vontade de chorar ao perceber que realmente havia se apaixonado por ele e que pensar nele todos os dias, mesmo não o vendo como antes e não falando com ele, só fizeram aumentar esse sentimento.

Doía saber que Edgar jamais gostaria dela ao ponto e esquecer tudo o que já estava acostumado a viver.

Ela lembrou da mulher que vira saindo da casa dele naquele dia e chorou ao imaginá-la nos braços de Edgar. Gabrielle estava se sentindo como uma adolescente boba e burra. Pois ela sempre soube como Edgar era de verdade e mesmo assim o deixou invadir sua vida.

Se ela tivesse o evitado desde o começo como tem feito agora, jamais teria passado por tudo aquilo. Ela jamais teria se apaixonado por seu professor e vizinho. Edgar seria apenas um conhecido, como estava sendo agora.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora