O Amor Mora Ao Lado

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A noite seguiu tranquila e Gabrielle só permaneceu no hospital porque sua mãe pedira ao médico que ela ficasse em observação. Recebendo alta apenas na manhã de sexta-feira.

A garota estava se sentindo melhor, mas seu corpo ainda pesava pelo soro que havia tomado e pelo tempo que ficou sem comer.

Suzana levou uma bandeja de café da manhã assim que Edgar e Gabrielle acordaram.

_ Dormiu bem? – Ele perguntou enquanto ela se sentava.

_ Mais ou menos... Tinha alguém roncando do meu lado.

_ Sério? – Edgar ficou envergonhado.

_ Não. Tô zuando. – Gabrielle riu enquanto sua mãe observava atenta.

_ Daqui a pouco o médico vem te ver e te dará alta. Você a leva para casa? – Ela perguntou a Edgar e recebeu um sinal positivo com a cabeça. – Ainda estarei de plantão hoje o dia inteiro. Tudo bem para você ficar sob os cuidados da sua avó?

_ Claro. Sem problemas.

Suzana havia informado ao pai e avó de Gabrielle sobre o que havia acontecido, mas os tranquilizou para que eles não precisassem ir até o hospital, já que ela estava trabalhando.

O médico chegou assim que Gabrielle terminou de comer toda a comida do hospital, obrigada por sua mãe.

_ Bom dia – O médico sorridente se aproximou da garota. Não era o mesmo que havia lhe examinado na noite passada.

Todos responderam educadamente ao homem jovem e simpático e ele começou a fazer as perguntas e procedimentos necessários para que Gabrielle recebesse alta, caso estivesse tudo bem. E estava.

_ Você precisa de repouso por hoje e deve tomar esses remédios – Ele entregou a receita de remédios a Edgar. – O que você é dela?

Edgar travou sua resposta olhando imediatamente para a garota ao seu lado e a viu contrair os lábios para não rir.

_ Ele é amigo da família, doutor. E eu sou a mãe dela.

_ Ah, Suzana, eu não sabia que a paciente era sua filha. Me perdoe.

Então ele tomou a receita das mãos de Edgar e a entregou para enfermeira ao seu lado, explicando tudo para ela.

Edgar estava sem jeito por ter parecido um idiota na frente do médico. Bastava ele ter dito qualquer coisa. Amigo, vizinho, professor...

_ Está mesmo se sentindo melhor? – O médico continuava.

_ Sim.

_ Então você já pode ir para casa.

Gabrielle sorriu e sua mãe afagou-lhe os cabelos.

O médico se despediu e os três comemoraram intimamente por ela poder ir embora.

_ Edgar, você precisa passar na farmácia antes de levar a Gabi e comprar esses remédios. – Ele pegou a receita novamente em mãos. – Ela precisa tomar ainda hoje esses três. Você prestou atenção no médico, né?

_ Claro.

_ Então vamos. Quanto mais rápido eu sair daqui, melhor – Gabrielle reclamou.

Edgar e Suzana ajudaram a garota a se levantar e caminharam junto a ela, caso ela se sentisse fraca demais par andar. O quadro de anemia dela era forte, mas Suzana já havia os tranquilizado. Se ela estava tranquila, Gabrielle preferiu confiar na mãe.