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_ Você só pode estar de brincadeira comigo, não é?

Gabrielle recebeu uma mensagem em seu celular, assim que cruzou a porta acompanhada de sua amiga grávida.

A garota olhou rapidamente por todo o local, mas não encontrou quem havia lhe mandado a mensagem.

Edgar e ela haviam concordado de irem a tal festa dos alunos da faculdade, apenas para não levantar suspeitas de pessoas como Amanda, portanto, não deveriam se cruzar e nem se falar aquela noite.

_ Do que você está falando? – Ela o questionou, realmente sem ter nenhuma ideia do que ele estava sugerindo ou se era uma brincadeira, já que ambos haviam concordado em ir à festa sozinhos.

_ Como alguém pode ser tão linda? Você é como uma piada para essas pobres garotas.

_ Para de ser ridículo, Edgar. – Gabrielle não tinha muita paciência para as cantadas dele, visto que, a história dos dois era um pouco estranha – Onde é que você está?

_ Em um lugar onde só consigo enxergar você.

_ Então você precisa de óculos.

_ Eu preciso de você, garota!

Logo Gabrielle sentiu alguém puxar o seu braço. Julia a levava para perto do bar. A música estava alta e o ambiente era um tanto escuro. E mesmo que discretamente, ela não conseguia encontrar o olhar do homem a quem ela tanto desejava.

_ Espero que esteja me procurando. – Ele lhe enviou outra mensagem e Gabrielle não pôde evitar o riso solto com uma leve revirada de olhos.

_ Você é o homem mais chato que eu já conheci em toda minha vida! Me deixa em paz!

_ Mas você é minha namorada! Não posso te deixar em paz – Ele enviou alguns emojis tristes, para enfatizar seus sentimentos.

_ Com quem tanto conversa? – Julia inclinou seu corpo e Gabrielle puxou o celular para si.

_ Com ninguém!

A garota fez uma careta enquanto tomava o seu drink sem álcool.

_ Vai ficar a noite toda conversando com ninguém, ao invés de aproveitar a festa?

Tentando evitar que ela visse a foto de Edgar ou o nome, Gabrielle guardou o celular na bolsa e desejou que ele tivesse visto o motivo daquilo.

As duas se dirigiram ao centro da festa, onde todos dançavam, cantavam e se beijavam como universitários jovens e cheios de espirito.

Um ou outro cara se aproximava das duas, mas a garota grávida não era bem a primeira opção, já que sua barriga a atrapalhava um pouco.

Alguns convites para dançar recusados e Gabrielle já estava ouvindo da amiga que ela deveria aproveitar mais a noite – E a verdade é que ela desejava estar aproveitando nos braços de seu professor. Que a propósito, ela ainda não havia encontrado.

_ Você quer dançar? – Um cara, alguns períodos a cima do dela, mas que Gabrielle conhecia, a chamava muito próximo de seu ouvido.

_ Não, tô de boa.

_ Vai logo – Julia a empurrou e Gabrielle cruzou os braços no corpo, ao sentir o impacto no corpo do garoto que a amparava.

Imediatamente ela lembrou o quão podia ser perigoso ser amiga daquela garota louca.

Também desejou que Edgar tivesse visto aquilo.

_ Não quero dançar.

_ Qual é, não vou te fazer nada. Só quero trocar uma ideia – O rapaz dizia com o copo de bebida na mão.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora