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Gabrielle sentiu o ar pesar em seus pulmões com a possibilidade de sua mãe estragar tudo e assim ela e Edgar ficarem definitivamente livres um do outro, após a vergonha que passariam diante a mãe dele.

Edgar segurou firme a mão da garota. Ele não a soltaria de jeito nenhum e Gabrielle agradecia por ele ter feito aquilo.

Os dois se olharam mais uma vez antes de saírem do quarto. Marina também estava apreensiva.

Quando voltaram a sala, Marta conversava com Suzana, enquanto Helena paparicava a garotinha no sofá.

_ Oi, filha. – A mãe de Gabrielle tinha um sorriso no rosto que assustava – Até que enfim conheci a mãe do meu genro!

Marta também sorria. Aparentemente, Suzana ainda não havia revelado nada.

_ O que vocês estão fazendo aqui? – Gabrielle perguntou sem querer parecer grossa na frente de Marta.

_ Você esqueceu de trazer os seus remédios e a sua mãe insistia em vir te entregar – Helena respondeu, tentando dizer a neta para ficar tranquila coma atitude da mãe.

_ E também queria conhece-las. Acho que já estava na hora, não? Vocês já estão juntos há tanto tempo. Não se importam por nós termos aparecido assim, certo?

_ É claro que não! Na verdade, eu estava mesmo planejando conhece-las. O Edgar me falou tão bem da família da Gabrielle que eu já estava me sentindo intima.

_ Que bom! Somos uma família pequena, mas muito próxima. – Suzana não parava de rir e toda aquela simpatia soava como perigo para todos que sabiam a verdade.

Gabrielle realmente não estava entendendo qual era o plano de sua mãe e Edgar observava que Suzana era tão louca quanto a filha.

_ Obrigada – Gabrielle pegou as caixas de seus remédios das mãos de sua avó e voltou para perto de Edgar. Que a abraçou.

_ São tão lindos, não? – Suzana perguntou a Marta, que concordou sem pensar duas vezes.

_ Acho que já vamos, não é? – Helena queria evitar a todo custo que a nora fizesse algo ruim.

Ela havia insistido para que ela não fosse até a casa de Edgar e no entanto, ali estava ela, fingindo que concordava com tudo.

O propósito de Suzana era apenas fazer sua filha e Edgar se sentirem ainda mais culpados pela mentira.

_ Ah, mas tão cedo? Vamos nos sentar e conversar um pouco. – Marta ofereceu o sofá – Acabamos de almoçar. Vocês já almoçaram?

_ Sim. Podemos ficar para conversar, claro. – Suzana acompanhou a mãe de Edgar enquanto ignorava os olhares de reprovação vindos de sua sogra e filha.

Marina, que estava tão de fora quanto Helena, também se sentou ao sofá, ao lado da filha. 

Helena se viu obrigada a fazer o mesmo.

_ Já está na hora do seu remédio, meu amor! – Edgar pegou as caixas da mão da garota e a puxou delicadamente até a cozinha.

Gabrielle estava se sentindo tonta com toda aquela situação.

Edgar a entregou um copo com água e notou que as mãos da garota estavam tremulas.

_ Você e sua mãe querem me deixar louco? – Perguntou baixinho, próximo ao ouvido dela.

O hálito quente de Edgar fez o corpo de Gabrielle arrepiar-se.

A garota riu, sem jeito.

Ela não fazia ideia do que sua mãe estava planejando e por isso temia a situação.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora