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_ Você contou tudo mesmo pra sua avó? Até

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_ Você contou tudo mesmo pra sua avó? Até... do nosso beijo?

Depois de algum tempo calados, Edgar resolveu quebrar o gelo e voltar no assunto.

_ Do beijo que você me roubou? - ela tentou corrigi-lo - Sim. Contei.

_ Porque?

_ Pro caso de você me fazer algo pior e ela já ter algum suspeito.

_ Está falando sério?

_ Sim. - ela riu da cara que ele estava fazendo.

_ Acho que nunca me senti assim.

_ Assim como?

_ Como um homem ruim... sei lá.

Gabrielle sabia que se ela estivesse vivendo uma realidade diferente, talvez não tivesse encarado o comportamento de Edgar de maneira defensiva. Talvez tivesse sido normal se ela também quisesse transar com ele, afinal de contas, ela estava sentado em seu sofá e enrolada em seu cobertor agora.

_ Não acho que seja um homem ruim.

_ Não?

_ Não. Acho que é insistente, impaciente e convencido.

Edgar sorriu sem graça.

_ Sabe... eu já fui muito criticado simplesmente por ser eu.

Curiosa, Gabrielle virou-se para encara-lo. Ficando de lado no confortável sofá e ainda enrolada no cobertor de Edgar.

_ Será que pode ser mais claro? - ela ajeitou o cabelo atrás da orelha enquanto Edgar olhava para a janela.

_ Minha mãe... Nós... Nós não nos falamos há uns 4 anos.

_ O quê? Você tá falando sério?

_ Bom... a gente se fala sim, se estivermos no mesmo ambiente, mas provavelmente ela só irá me criticar, então por isso evito vê-la e já fazem uns 4 anos que não a visito.

_ Isso parace bem triste.

Edgar deu de ombros.

_ Já estou acostumado.

_ Mas... porque ela te critica? O que você fez?

_ O que eu não fiz, na verdade. - ele pegou o controle da televisão e a desligou - A família do meu pai é dona de um hospital particular onde eu morava e... meu pai foi o médico diretor de lá até morrer.

É claro que Gabrielle não sabia disso. O conhecia há uma semana e não tiveram tempo para aquilo.

_ Sinto muito - era o que ela podia dizer.

_ Tudo bem. Já faz muito tempo. Acontece que, minha mãe, que também é médica, sempre quis me convencer de que eu deveria me tornar médico e comandar o hospital um dia.

O Amor Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora