Capítulo 57 - Ignorei seus avisos mesmo, seu monstrengo!

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NOTAS INICIAIS

HEEEEY Batatinhas Ambulantes o/

Dessa vez o atraso foi proposital, sabe por quê? Porque eu queria ter a honra de postar um capítulo no final do ano u.u é emoção demais pra mim u.u principalmente porque quero desejar a todos um FELIZ ANO NOVOOOO! Que 2018 de vocês seja maravilhoso u.u

Cara, eu já tenho uns projetinhos pra 2018 que sim, tem ligação com vocês u.u por isso, leiam o último capítulo do ANO e nas notas finais nós conversamos u.u

No capítulo de hoje - uma pequena torturazinha e... hmmm, sinto cheiro de morte :3

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Pra completar a monstruosidade daquela...coisa, seu corpo era negro com algumas listras vermelhas, completamente escamado, como a pele de uma cobra. No lugar de pés, possuía tentáculos. A única coisa humana nele eram os braços que possuíam dedos — embora fossem pontudos como garras. Tive medo de encarar aquele rosto por muito tempo. Era assustador ver aquilo no meio da noite.

— Os Boréades avisaram vocês, os Ventos avisaram vocês... E o que foi que fizeram? Ignoraram nosso aviso.

Cada parte do meu corpo tremia vendo aquele monstro pronunciar as palavras. Uma língua bifurcada escapou da sua boca. Pelos deuses, de onde surgiu essa coisa?, meu cérebro não parava de questionar. Quem é ele? Hades?

— Pensei que ninguém seria suficientemente burro para continuar a jornada após tantos avisos.

Um dos tentáculos que formavam sua sustentação se alongou, vindo até mim e acariciou meu queixo, como se ele avaliasse sua presa antes de devorá-la.

Os ventos beijaram meu rosto sangrento enquanto eu forcei meu braço a se mexer e a criar força o suficiente para me arrastar um pouco para trás, querendo manter distancia daquela coisa estranha.

Cheguei para trás o máximo que deu antes das minhas costas roçarem o limite do ninho. Erguei o pescoço para olhar pra baixo e me arrependi de imediato quando percebi a que altura estávamos. Meu lábio sangrento inferior tremeu de medo.

— Minha esposa falou bastante de você — comentou o monstro, andando (não sei que palavra usar para descrever a forma como ele se locomovia) até ficar de frente para mim.

Era como se as sombras estivessem ao seu favor pois nada do seu rosto eu conseguia enxergar, apenas os olhos vermelhos eram visíveis — fora seu cabelo cheio de serpentes que chiavam, lembrando-me até da medusa.

— Você estragou anos de poções que ela havia preparado.

Enquanto ele falava, eu tentava ligar os pontos, querendo descobrir de quem se tratava. Aos poucos as coisas foram fazendo sentido pra mim. Poções... Equidna... Mãe dos Monstros... casada com...

— Tifão! — exclamei num pensamento alto.

— Monstro dos Ventos Ferozes e Violentos — completou ele seu título devagar, saboreando cada palavra.

— Desde quando você trabalha com Éolo? — questionei duvidosa (e tentando adiar minha morte).

— Desde que ele se tornou Senhor dos Ventos, é claro. Monstros geralmente não tem poderes próprios. Algum deus precisa abençoá-los.

Eu que não gostaria de descobrir o quanto Éolo o abençoou.

— Em troca, eu sou seu guardião.

— Então não há nenhuma chance de negociação? — sugeri.

— Negociação? Nada pode ser negociado, filha de Quione — sua voz se manteve áspera e seus caninos alongados pareceram brilhar.

A Guardiã do Gelo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora