Capítulo 24 - Ganhei uma espada finalmente!

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Notas do capítulo - Siiiiiim, pela primeira vez to fazendo notas iniciais e... Bem, eu fiz isso apenas pra vocês irem conferir um post que fiz na minha página sobre os 10 melhores comentários do capítulo 22 e um daqui foi selecionado u.u por isso, deem uma conferida e se puderem, deem sugestões para o próximo post: https://www.facebook.com/KashinabiFarron/posts/1964044350475222

E não importa onde você faça o comentário, lembre-se que de alguma forma, ele sempre acaba se tornando especial pra mim :3

Tenham uma boa leitura o/

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Utae havia ficado meio deprimido nos últimos dias, enquanto eu tentava me recuperar do choque da morte de Kameel. Malek já tinha voltado ao normal, implicando comigo como sempre e Imma e Rian continuaram sendo meus parceiros de caçadas. Bem, não que isso significasse que Rian havia parado de ser o melhor amigo de Malek. Pelo contrário, os dois se tornaram mais amigos, até — e estavam quase arrastando Imma junto.

Dava um pouco de pena do Utae porque ele não estava conseguindo se adaptar à nova vida. Encontrei ele na sala de treinamento, sentado no chão e olhando sua espada à sua frente, parecendo pensativo.

— Ocupado? — questionei assim que entrei.

Ele balançou a cabeça em negação, mantendo aquela expressão. Me sentei ao seu lado e olhei pro toco que sobrara. Já havia parado de sangrar, graças àquela técnica de cauterização com fogo — e eu esperava que ele não adquirisse uma infecção. Mesmo assim, o toco estava enfaixado pela pele ainda estar sensível demais.

— Eu não posso mais lutar — ouvi ele murmurar.

— Por causa da sua mão? — perguntei, indicando que havia ouvido seu murmúrio.

Utae confirmou com a cabeça. Coloquei uma mão em seu ombro.

— Olha, eu perdi meu namorado...

Parei a frase assim que ouvi seu suspiro alto feito de propósito.

— Eu sei, Kary, mas isso não afeta quem você é ou o que pode fazer depois. Isso aí são ferimentos internos e eles podem ser superados. Só que os externos como meu problema, eu nunca vou ter cura. — E ergueu o toco enfaixado na minha direção.

Mordi o lábio. Seria difícil dar ânimo pra ele.

— Mas os ferimentos internos a gente nunca esquece... — Ok, eu sabia que estava começando a dizer besteira. Quem também não esqueceria de uma mão decepada?

Ele me olhou, esperando que eu continuasse, só que me contive em apenas balançar a cabeça como se dissesse "deixa pra lá".

— Eu sei que você só está tentando me ajudar, Kary — disse por fim. — Mas vamos encarar os fatos: eu não tenho mais minha mão de espada. Como vou me defender? Com míseros raios?

— E a outra mão?

— Quê? Lutar com a mão esquerda? Eu não consigo nem escrever com ela, muito menos lutar.

Revirei os olhos.

— Bem, tudo o que eu to vendo agora é um garoto preguiçoso demais pra pelo menos tentar.

Ele me encarou como se estranhasse o que eu acabara de dizer — na verdade, nada do que eu disse foi estranho de verdade, ele só ficou incomodado de eu ter chamado ele de "garoto".

— Garoto? — Eu não disse?

— Muito infantil e preguiçoso. — Eu usava a persuasão agora. — Se quer mesmo ser líder dessa equipe, vai ter que ser muito mais do que isso.

A Guardiã do Gelo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora