Capítulo 76 - Os malucos da floresta amaldiçoada

3.6K 397 45
                                    

NOTAS INICIAIS

Hey Batatinhas Ambulantes o/

E aí? O que tão achando de tudo até agora? ~tirando a parte que eu cochilei várias vezes kk~

No capítulo de hoje - uma floresta sombria o.o

Tenham uma boa leitura o/

---------------------

Não sei por quantas horas andei seguindo aquela trilha de cinzas. Só sei que ela acabou me levando a uma parte meio sombria daquela gigantesca floresta. Era mais densa ao qual estávamos antes e sons estranhos vinham de dentro dela. É aqui mesmo que você quer que eu esteja, Malek?, em vão tentei me comunicar com ele. Pouco depois de ter começado a caminhada, perdemos o contato.

Durante o trajeto, eu tive sim esperança de que Utae me seguisse, porém, ao criar coragem para olhar pra trás, descobri que estava sozinha naquilo. Utae havia me abandonado para seguir o próprio caminho. Isso doeu seriamente no meu coração, afinal, eu ainda o considerava um irmão. Passei a mão no colar. Faltava apenas uma pedra. Eu ainda poderia voltar e procurar a pedra Elemental, mas não queria fazer isso sozinha. Preferia ir atrás do Malek para que ele fosse comigo até o fim.

Esperava ao menos que ele estivesse vivo.

— Não, não, não... por favor... — uma voz feminina implorou.

Engoli em seco, sentindo o medo correr pelas veias. Escolho uma árvore para me esconder. Aquela floresta sombria fazia eu ter desconfiança de tudo que eu ouvisse — ainda mais uma voz vindo do nada.

— Só um pouquinho de luz solar. Vamos, vamos... — agora foi uma voz diferente, num murmúrio.

— AAAAAAAAAAH, ONDE É A SAÍDA DESSE LUGAR! — o grito masculino fez um arrepio subir pela minha coluna.

Afinal, de quem eram aquelas vozes?

Por sorte eu havia discutido com Utae pela manhã. Havíamos acordado cedo. Provavelmente ainda faltava bastante para escurecer e se isso acontecer e eu ainda estiver nessa floresta, não sei o que será de mim. Ela parece abrigar alguns monstros que eu não gostaria de ter o prazer de conhecer.

Quando as vozes pareceram desaparecer, respirei fundo e decidi seguir caminho. O rastro de Malek já tinha desaparecido e agora meu guia era o relógio já que a direção que o rastro antes indicava era a mesma o tempo todo. Ele dizia para seguir em frente. Havia um pontinho marrom bem mais adiante. Só podia significar um monstro pois as pedras Elementais tinham cores vibrantes ao invés de foscas.

Não demorou muito até eu me deparar com uma garota de cabelos coloridos, abaixada no chão, mexendo na terra escura com os dedos delicados. Pelo seu cabelo com cada mecha sendo uma cor do arco-íris, soube que ela era filha da deusa Íris — e da equipe contrária à minha. Uma tatuagem de arco-íris enfeitava sua bochecha.

— Por favor... — a voz dela era idêntica à primeira voz que eu tinha ouvido. Ela só podia ser a dona da mesma.

— O que você tá tentando fazer? — questionei cautelosamente.

A garota pareceu se assustar ao me ver. Ela se levantou apressada e deu passos hesitantes para se afastar de mim.

— Q-Quem é você? — perguntou ela.

Embora me olhasse fixamente, continuou dando passos para trás até acabar tropeçando numa pedra e caindo de bunda no chão. Decidi caminhar na sua direção, mas ela começou a gritar e isso fez meu coração dar um pulo pelo susto. Mãos da cor da terra agarraram seus pulsos e tornozelos e enfim a puxaram para debaixo da terra numa velocidade sobrenatural.

A Guardiã do Gelo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora