Save Me From Myself (COMPLETA)

~Sobre amor

Encontramos uma padaria no quarteirão seguinte. O lugar é  pequeno, mas muito bonito.
Demos uma boa olhada na vitrine e decidimos comer rolinhos de canela e um café. Bem, eu peguei um chocolate quente.
Nos sentamos na única mesinha disponível e esperamos que a moça do balcão nos trouxesse o pedido.
- Taylor, tá tudo bem com a Lola?
- Tá sim. Ela só levantou meio enjoada mesmo. Mas nem chegou a vomitar e nem nada.
- Ela quase não fica doente, então eu fiquei preocupado.
- Não, relaxa. Amanhã ela deve estar melhor. Pode ser ansiedade pelo casamento do Ike também. Ela e Nikki passam o dia conversando e falando em como será perfeito.
- Ike também não fica atrás. Ontem já não dormiu direito.
- Sério?
- Uhum. Eu ouvi ele na cozinha de madrugada e olha que eu nem sou de acordar com barulho!
- Mas vc tb não dormiu direito.
- Como vc sabe?
- Seus olhos estão menores, igual qnd viramos a noite trabalhando.
- Nem reparei - falei esfregando os olhos - confesso que estava ansioso para encontrar a Esther. Taylor, ela é o q faltava na minha vida. Ela tem a desenvoltura e a coragem que faltam em mim. Não sei como vivi tanto tempo sem ela.
A balconista serviu nossos pedidos, nós agradecemos e ela se retirou.
- É assim mesmo. Eu fiquei com tanto medo de perder a Lola qnd tive que sair do Brasil... ela me fez depender dela em dias! - ele riu e bebeu o café.
- Eu nem sei como começou... qnd eu vi, já conversava horas no telefone! - eu ri mordendo o rolinho.
- Começou com um beijo, ora essas! Eu estava lá!
- Não sei se foi no beijo... talvez tenha sido antes e o beijo aconteceu justamente por isso. Mas acho que nunca saberei.
- O momento exato? Creio que não. Não... Não dá pra saber... - ele falou pensando - Deve ser algo continuo, eu acho... com exceção do Ike, que ficou de quatro assim que botou os olhos na Nikki.
- Cara! Eu lembro! - eu ri - a primeira vez que ele viu ela na grade ele pirou, mas achou que era besteira, pq era uma fã e ele provavelmente não a veria mais! Aí, lá estava Nikki no próximo show.
- Ele entendeu o sinal Divino e pediu para o Jack chamar ela para o camarim no fim do show e depois disso, não se largaram mais!
- Muito estranho como, de certa maneira, todos nós encontramos nossos amores no palco, não?
- Em todos os sentidos.
- Literalmente.
Terminamos de comer, pagamos a conta e voltamos para o atelier de costura.

Papai e Mac tinham saído de cena e Esther, mamãe e Lola já estavam na recepção. Penny dormia no bebê conforto.
Taylor foi até a minha cunhada e deu um selinho nela:
- Tá melhor, meu amor? Tem uma padaria aqui perto se vc quiser comer.
- Não, Tay. Tô bem, mas acho melhor não comer nada fora hj.
- Nem o café?
- Nem o café.
- E o meu beijo? Não ganho? - Esther me olhou e chamou com o dedo.
Ela não tem medo da D. Diana.
Eu sorri a dei um selinho nela. Americano não é de ficar demonstrando afeto assim, e eu sou um típico americano, mas as brasileiras fazem questão.
- Que gracinha vcs dois! - Lola falou e mamãe sorriu:
- Já estou vendo esses dois grudados o tempo todo!
Esther agarrou meu braço:
- Claro! Ele é meu!
Confesso que fiquei sem graça. Fora a Lola, ninguém fica assim, pendurado em mim. Mas Lola é Lola e ela pode. Bem... Esther pode muito mais, mas eu ainda não me acostumei. E é bem diferente, se é que vcs me entendem.
- Falam do Ike e da Nikki, mas isso é pq ainda não tinham visto Zac e Esther! - Lola falou.
- Me deixa! - falei encostando meu pé nela.
- Eu vou vomitar em vcs e não é por causa do meu enjoo. É por excesso de açúcar! - ela falou enfiando o dedo na garganta.
- Engraçadinha! - Esther riu e me apertou ainda mais.
- E Natalie? - Tay perguntou.
- Lá em cima, ajudando a Jessica. Pq? - mamãe perguntou.
- Pq não estou vendo ela e nem os pqnos. - ele respondeu.
- O Mac está com seu pai e Ike. - ela respondeu.
- Ah sim. - Tay falou enfiando as mãos no bolso.
- Não podemos ir pro próximo passo? - pedi - assim quem sabe sobra tempo para eu ficar com a Esther.
- Não sei, filho. Ike e Nikki ainda não terminaram.
- Mas mãe, os outros padrinhos já saíram... - me senti uma criança prestes a chorar pra ir ao parquinho.
- Mas nós somos a família dele. - Mamãe me olhou.
- Ok... - suspirei, vencido.
- Podemos conversar ali. - Esther apontou pra as cadeiras que meu irmão usou de campo de treinamento minutos antes.
- Pode ser. - dei de ombros e fomos para lá. Não era exatamente privacidade, mas já dava pra ficar com ela mais à vontade, apesar dos olhares.
- Onde vcs foram? - ela me perguntou.
- Fomos tomar um café. E vcs? Td certo lá em cima?
- Com quê?
- Natalie. Tay e eu estamos preocupados com ela.
- Ela é tão perigosa assim?
- Temos algumas suposições.
- Por exemplo?
- Bom, vc sabe que ela gosta do Tay, certo?
- Certo.
- Achamos que ela pode ter tido algum envolvimento com uma notícia falsa sobre a Lola... e... - suspirei - bem, não temos provas. - dei de ombros - mas Kate me usou para tentar fazer ela e o Tay ficarem juntos. Não duvido que Natalie possa tentar fazer o mesmo, sabe? Me afastar de vc? Inventar algo...
- Isso não vai ser problema. Já vim vacinada.
- Esther... ser namorada de um membro de uma banda nunca é simples. - falei sério -  Muitas garotas são loucas. Não só a Natalie e Kate.
- Eu sei. Conversei com a Lola sobre isso. Por isso mesmo não queria nada com vc. Eu não sei se estou pronta para ficar quieta e não socar a cara de ninguém. - ela torceu a boca e eu ri:
- Por Deus! Não! Vc não pode socar a cara de ninguém! Nunca!
- Nenhumazinha? - ela me olhou com cara de sapeca.
- Não. Proibida de discutir, empturrar, espancar e qq coisa parecida. - falei contando nos dedos.
- Oooon - ela fez um bico.
- Vc está falando sério?
- Sobre o namoro, sim. Sobre as fãs, não. Eu não teria coragem de socar alguém que te ama.
- Que gracinha!
- Sério! Elas não te fariam mal, fariam?
- Não.. só me sequestrariam e me usariam de brinquedo sexual. - falei coçando o queixo - nada mal.
Recebi um tapão que deixou meu braço pulsando.
- Ouch! Vc tem a mão pesada! Oq aconteceu sobre o papo pacifista?!
- Falei que eu não socaria uma fã. Não falei nada sobre socar meu namorado oferecido.
- Ciúme? - falei no ouvido dela.
- Sai! Nem vem com graça. Vai lá com suas fãs! - ela me empurrou, mas estava rindo. *tão diferente da Kate*.
- Mas eu não quero elas, quero vc!
- Querer não é poder! - ela cruzou os braços.
- Estheeeeeer... - eu a abracei bem na hora que Natalie e minhas irmãs desceram. As 3 me olharam.