Malas arrumadas, é hora de almoçar.
*Será que Esther está feliz por ter voltado pra casa? Ela está pensando em mim assim como eu estou pensando nela?*
Estávamos decidindo oq comer quando o celular do Tay tocou e, apesar de não ter visto a tela, pela cara que ele fez só poderia ser uma pessoa: Lola. Ela deve ter chego em casa e eu quiz ouvir a conversa e saber se Esther estava bem e se ela tinha falado alguma coisa sobre mim, sobre nós, mas ele pediu licença e se afastou para atender. Tudo que eu ouvi foi o "Oi meu amor!", que confirma que é a minha cunhada do outro lado da linha.
- E aí? Vai querer comer oq? - papai me olhava.
- Não sei. Da última vez, Esther nos levou à um restaurante de comidas típicas... - falei tentando lembrar o nome do lugar.
- Verdade! Isso seria legal para as crianças, apesar da comida ser bem forte.... - Ike concordou.
- Com "bem forte" vc quer dizer.... - papai quis saber.
- Tem coisas com bastante tempero... tem pimenta... mas não em todos os pratos... muita carne de porco... - ele tentava se lembrar dos pratos.
- Oq acha, querida? - ele olhou para minha mãe.
- Eu não conheço a comida brasileira. Mas já comemos o famoso churrasco e o pão de queijo. Acho interessante conhecer algo novo antes de irmos para Porto Alegre, pq pelo que pesquisei, lá também é churrasco .
- Já pesquisou a comida? - eu ri.
- Pesquisei sobre o estado, filho. Sei que aqui no Brasil cada estado tem uma cultura muito diferente. - mamãe se explicou.
- Estou brincando, mãe!
- Pode ser esse restaurante mesmo? Estou com fome. - Mac pediu.
- Ike? - mamãe olhou pra ele.
- Eu acho que conseguimos. Ainda temos tempo até o show, caso algo dê errado. - ele riu.
- Então vamos nesse mesmo. O motorista sabe onde é? - papai concordou.
- Acho que sim. Foi ele quem nos levou na última vez. - falei.
- Ike, avise a Becca e se eles quiserem vir conosco, podem ficar à vontade. - mamãe falou.
- Claro. - Ike pegou o celular e saiu.
- Crianças, tragam suas malas, pq vamos sair direto.
No fim, Ike voltou e disse que os caras e a Bex vão almoçar no restaurante do hotel mesmo para ficarem mais descansados, então nós pegamos nossas coisas e seguimos para o restaurante.
Eu conhecia o lugar e explicamos vagamente oq cada um de nós lembrava sobre os pratos.
Nos servimos bem e conversamos muito. O motorista almoçou conosco depois do meu pai insistir muito. Comer com um nativo é muito diferente do que comer sozinho. Só de observar oq ele pega, é fácil de saber como são os costumes.
Almoço finalizado, nos despedimos do motorista e agradecemos a companhia e o serviço. Ele nos deixou no aeroporto. Foi meio que uma correria, pq esse foi um show estra.
Olhamos no painel e nosso voo já estava pousando, então fizemos o check-in e seguimos direto para a sala de embarque. Bex e os caras já estavam lá.
Vai ser bem corrido: o voo demora cerca de uma hora. Eles vão direto pro local do show e nós vamos passar primeiro no hotel, faremos uma entrevista rápida e de lá, direto pro show.
Ainda bem que depois disso serão 3 dias de folga. Eu vou precisar.
Ouvi o celular da Bex tocar e isso não é novidade, mas a cara que ela fez entregou de quem era a ligação. Ela não atendeu, apenas desligou e sorriu pra mim:
- Melhor desligar antes do voo... não quero causar um acidente.
- Melhor. - respondi ciente do tipo de acidente que aquela ligação traria.
Chegando ao hotel, vimos que já tinham fãs na porta, então precisamos entrar pelos fundos. Papai foi fazer o check-in e dessa vez eu tenho um quarto só meu. Pelo visto acreditaram que tenho condições de não fazer merda. Uma pena que não vou ter tempo para aproveitar essa estadia. Na verdade, mamãe ficará com as crianças e arrumará nossas coisas enquanto nós e o papai faríamos a entrevista: maquiagem, fotografia, perguntas repassadas, reporter bonita, perguntas feitas e já estamos prontos para o show.
Saímos pela frente apenas por formalidade, mas não dá pra dar atenção para as fãs. Pedimos desculpas e avisamos que daremos atenção mais tarde, pois precisamos seguir para o show.
Entramos na van e seguimos repassando o setlist do show de hoje:
Strong Enough To Break
Deeper
If Only
Runaway Run (Tay não deixava passar: Lola era discretamente homenageada, sempre)
Lucy (meu solo)
Underneath
I Will Come To You
Never Let Go (Taylor solo)
Hand in Hand (Isaac solo)
Penny and Me
MMMBop
Hey
You Never Know
This Time Around
Lost Without Each Other
A Song To Sing
Setlist fechada. Descemos nos fundos da casa de shows e, como sempre, haviam fãs já acampadas na porta. Isso acontece tb em outros locais, mas aqui no Brasil, talvez por virmos com memos frequência, sempre tem fã acampada.
Fomos recebidos pelos organizadores do show e logo Bex estava junto conosco:
- Vamos, não temos tempo à perder. Will e Dimi já estão passando o som. E com licença, Walker. - ela sorriu olhando meu pai.
- Vai, Rebecca. Conto com vc.
- Obrigada. - ela sorriu nos guiando pelos corredores escuros até o palco.
- Vcs já comeram?
- Já sim. - Tay respondeu.
- Ótimo. Tem frutas e bebidas no camarim, caso precisem.
- Tranquilo. - Ike respondeu.
- Vão manter a setlist?
- Sim. Cada um de nós vai ter um solo. - Ike falou.
- Vai ser ótimo. Temos casa cheia.
- Legal. - falei.
- Tá bem, carinha? - ela parou e me encarou.
- Pq eu não estaria? - encarei de volta.
- Hmm... vc sabe... - ela deu de ombros e eu não sabia se ela falava sobre Kate ou Esther. Mas oq importa é q eu estou feliz. Bem no fundo, eu estou feliz por ter deixado a Kate e por ter conhecido a Esther, msm ela tendo me rejeitado, então respondi:
- Tô ótimo Bex.
- Então arrasa como vc fez no show anterior, ok? Queremos todo esse gás aqui também.
- Conte comigo. - pisquei pra ela, enquanto subia ao palco.
As luzes estavam sendo testadas e Will terminou de plugar o baixo. Nos cumprimentamos e fizemos a passagem de som. As meninas gritaram lá de fora. Foi tão alto que deu pra ouvir, então colocamos os pontos no ouvido e passamos o som mais uma vez. Tudo certo.
É hora de nos aprontar e arrasar.
Eu só queria poder ver o rosto da Esther em meio à multidão.
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Save Me From Myself (COMPLETA)
FanficKate, meu amor, era um buraco negro drenando nossa paz e eu estava tão cego... Acho importante dizer que essa não é uma história de amor. Eu sou Zac Hanson e essa é a história de como eu fui salvo de mim mesmo.