O primeiro encontro

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Olá pessoal, voltei na sexta como prometido.

Pessoal estou revisando a história, se tiver algo que mude muito, eu aviso aqui no começo e nos stores do instagram. 

Espero que gostem!

Beijão EJ!

2.  O primeiro encontro

Já falei que odeio dirigir devagar? Bem, em uma cidade onde chove constantemente, as estradas estão sempre molhadas e por mais que eu possa dirigir muito bem em um lago congelado, preciso ir bem devagar para não chamar mais atenção do que já estou chamando. Literalmente os pescoços dos humanos viram para ver meu carro passando. Não é tão chamativo assim. Parece até que viram a Sam.

Continuo com os vidros levantados, mas retiro os óculos de sol. Dou uma olhada de relance no espelho, mas sei exatamente o que vou encontra. Por mais que a minha pele não seja pálida como a maioria dos vampiros — isso seria impossível já que sou negra. — O tom dela mudou. Todas as manchas que haviam das quedas, as brigas, em que me metia quanto era humana, sumiram. Deixando a minha pele completamente intacta, sem nenhuma cicatriz ou sinal. O tom dela ficou um pouco mais reluzente do que era. E mesmo que eu não goste é perfeita, simplesmente perfeita. Os meus olhos antes castanhos escuros foram substituídos por negros e vermelhos quando me alimento. Foi bem estranho quando os vi pela primeira vez, mas eu até que gosto. O castanho sempre fui comum demais para mim.

O meu queixo ficou mais anguloso assim como as minhas maçãs do rosto e meu maxilar e nariz, meus lábios ficaram um pouco mais carnudos e em um formato simplesmente perfeito como um coração. Meus dentes antes tortos, se endireitaram e ficaram mais brancos e pontiagudos — principalmente os caninos. E meu cabelo antes crespo, caiu em ondas. Foi o que eu mais gostei de toda mudança, meu cabelo ficaria lindo para sempre sem precisar de todo o cuidado que eu dedicava a ele antes. Eu até fiquei mais alta, o veneno corrigiu a minha postura que era horrível de tanto carregar peso.

Chego aos limites da cidade e abaixo o vidro, deixando o ar puro entrar em minhas narinas. As cidades grandes são sempre tão sujas. O ar é sempre sujo. Tem um cheio muito forte para mim. No entanto aqui, consigo sentir o cheiro das árvores, dos animais, da terra, da chuva e mesmo que não seja tão delicioso quando o cheiro de sangue é bom.

Estou inclinada a acelerar, mas não sei se os famosos Cullen estarão em casa. Talvez eu deva perguntar mais sobre eles na cidade, é bem provável que não sejam eles já que como o homem mencionou parecem uma família, mas de acordo com experiências passadas nem sempre isso é sinal de inocência. Mas isso iria levantar muitas suspeitas se eu perguntasse a pessoa errada e já estou aqui. Dá uma olhada nesses humanos não vai ser um problema. Acelero um pouco entrando cada vez mais na estreita estada. O cheiro da natureza é inebriante.

Paro o carro em um movimento brusco.

É o mesmo cheiro que senti quando entrei na cidade, mas aqui é bem mais forte. Dou mais uma fungada. São sete cheiros diferentes, mas muito parecidos mesmo assim. É o cheiro da minha espécie, não dos humanos. Sol, mel e canela. Nunca encontrei tantos em um único lugar antes. Sete? É um clã poderoso.

Inspiro mais uma vez. Com toda certeza são sete, mas tem um oitavo cheiro um pouco mais fraco, mascarado pelos outros, é um humano, definitivamente um humano.

Apenas um humano para sete? O que está acontecendo aqui? Desço do carro e tento ouvir algo na estrada. Não consigo ver muito além das folhas, o bosque é bem denso, mas consigo sentir o cheiro e ouvir. Há um deles em casa. Com certeza deve ter ouvido o barulho do meu carro, mas seria impossível captar o meu cheiro ainda, não com o vento contra eles e a meu favor.

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