Refeição

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Olá, pessoal!

Ao que parece domingo vai ser um dia bom para mim, não deu para postar porque eu não tive tempo de revisar o capitulo, mas deu para escrever. Então ou vai ser no domingo mesmo por volta das 18 ou na segunda. Quarta ainda está fixo.

Preciso avisar que esse capitulo está um pouco forte, mas vocês já sabem que é para maior de 18. Vai ter umas cenas de violencia e morte.

Espero que gostem!

Beijão EJ!

66. Refeição

— São eles? — Bree se recosta no banco de couro e encara o seu copo na mesa. Ela mal moveu os lábios, mas eu a escutei e entendi perfeitamente.

Os humanos a nossa volta não conseguiriam, mesmo que o barulho da conversa não estivesse tão alto, ou se a música não estivesse tocando.

— Sim. — Falo segurando o copo em minha frente.

O restaurante é um dos mais exclusivos da cidade, o ambiente é bem minimalista e íntimo. O tom escuro do restaurante é agradável assim como o design, seria um lugar que eu gostaria de ir se ainda comesse.

Os três homens sentados há duas mesas atrás de nós, são os responsáveis pela maior parte da distribuição de cocaína de toda Detroit. Morra ou seus colegas nunca conseguiram ligar eles aos crimes. Mas eu não preciso de provas.

Apenas cinco minutos escutando sua conversa. Entrando em suas mentes, consigo ver tudo. Tudo que fizeram e até mesmo os novos planos para expandir o mercado. Como usar crianças como fantoches, mulheres como objetos, como matam...

— Está muito cheio. — Sim, todas as mesas estão ocupadas, se não fosse pelo meu dom, não conseguiríamos entrar, mas esse é o lugar perfeito. Depois da entrega do dossier completo pela Morra, percebi que esse é o melhor momento para conseguir pegá-los. Quando os seguranças não estão por perto. Em um lugar público onde eu poderia manipular todas as testemunhas e como poucas câmeras.

É quase um presente o fato de virem jantar um dia depois de entrarem no meu radar.

— Você desligou as câmeras?

— Sim, todas elas.

— O carro está na posição?

— Sim. Portas abertas.

— Os seguranças? — Eles sempre andavam com no mínimo seis deles.

— Estão estacionados onde você falou. Consegue alcançá-los daqui?

Deixo meu dom correr em direção a rua. Encontro os seis em um carro do outro lado. Pelo que me lembro há uma placa um pouco mais a frente informando que é proibido estacionar, porém eles não parecem se importar. Estão comendo fast food.

— Consigo sim. Vamos tentar não fazer uma bagunça.

Bem devagar um a um começa a se levantar. Eles ainda estão vendo o restaurante ainda viam uns aos outros, porém para eles, o restaurante está fechando, seus seguranças estão ao seu lado e ainda iriam a uma boate. No cenário real, estão andando em direção ao meu carro.

Faço com que os seguranças não os vejam sair.

Esperamos mais vinte minutos, pago pelas bebidas, em dinheiro, e saímos pela porta. Bree entra e se senta no banco de carona e eu no do motorista.

Dou uma última olhada para o carro estacionado do outro lado da rua. Eles terminaram de comer, estão apenas esperando agora. Olho para trás, os três ainda estão imersos em minha visão, muito perto e ao mesmo tempo muito longe da realidade.

PeregrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora