Última conversa

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Olá pessoal

Voltei com o capitulo de hoje.

Espero que tenham um bom fim de semana e até a terça

Beijão EJ!

7. Última conversa

Me viro na velocidade humana e dou alguns passos para longe dela. Ele falou alguma coisa, mas não consegui ouvir, estranho. Nós nunca deixamos de ouvir alguma coisa, até mesmo quando tentamos ignorar. Os Cullen estão me encarando e ao Edward ao mesmo tempo, não preciso ouvir seus pensamos para ver o quanto estão espantados pela minha proximidade com a humana.

No entanto como o Edward parece tão calmo, eles não se mexem em minha direção. Estão distraindo o humano para mim por mais alguns minutos. Posso ouvir a mente dele, está se perguntando porque sua filha ainda não foi falar com ele. Me afasto ainda mais dela que se desprende dos braços do Edward e vai falar com seu pai. Ela olha para trás ainda esperando o Edward, mas ainda tenho ele na minha visão.

O liberto delicadamente e me coloco em sua frente como se tivéssemos conversando, quando ele perceber o que fiz não vai querer que a plateia presencie sua expressão. Ele balança a cabeça um pouco confuso como é o esperado. Minhas imagens mentais podem ser incrivelmente poderosas quando eu quero. Posso até fazer a pessoa sentir o cheiro do lugar, a textura de qualquer objeto em sua pele. Tudo que eu quiser que ela veja, agora vai ser bem mais fácil com o poder do Edward, vou poder saber o que eles querem.

— O que você fez? — Ele estende sua mão e segura meu braço, mas um pouco de força e ele vai pode arranca-lo. Mas apenas sorri para ele. Gosto do Edward. Ele é diferente, até mesmo para um de nós. Coloco minha mão na sua e estou pronta para joga-lo do outro lado da casa, mas uma voz me interrompe antes mesmo que eu possa aperta sua mão com força.

— Lia, o Xerife Swan gostaria de falar com você. Sobre a licença para a Sam. — Carlisle fala calmamente como se comentasse sobre o tempo, mas posso senti uma pontada de preocupação em sua voz, ele sente a tensão entre Edward e eu. Solto sua mão do meu braço, com um movimento nem um pouco delicado, mas duvido que algum dos humanos presentes tenham visto.

Emmett e Jasper se afastam um pouco e vem em direção ao Edward, eles quase batem em mim quando passo, mas resolvem não fazer isso, todos já sabem que aconteceu alguma coisa. São mais intuitivos e sensíveis do que imaginei, mas com certeza o Jasper pode sentir a raiva que emanar do Edward, eu estou sentindo e não estou usando o seu dom.

— Claro. — Me aproximo do humano e ele tem um cheiro incrivelmente doce como o da filha. Eles dois possivelmente não sabem o quanto eu estou com sede, mas faço um esforço gigantesco para aceitar a mão que o Xerife estende para mim. Ele possivelmente vai se arrepender de me tocar no momento em que perceber o quão frio é o toque da minha pele.

Sinto ele se arrepiar e o calor tentar de todas as formas penetrar em minhas mãos quando o toco. O solto rapidamente para que não se sinta desconfortável. Já basta que eu esteja sentido uma dor horrível em minha garganta.

Tenho que me lembra de não ficar tanto tempo sem me alimentar, meu criador vivia dizendo isso, mas sempre que eu mato alguém, mesmo que seja um monstro eu me sinto mal, não arrependida, sei que estou limpando o mundo de pessoas ruins, mas cada ato de violência tem consequência para todas as partes envolvidas no processo e eu penso que se não sentisse nada poderia estar perdendo um pouco da minha própria bondade.

— Sou Lia Marc. Me desculpe se a Sam assustou alguém na cidade. Tentei fazer com que ela ficasse quieta, mas ao que parece alguém a viu.

— Sabe que precisa de um veículo especial para transportar um animal desse porte, não é? — Ele coloca as mãos no cinto e tira um pequeno caderno dele.

Os Cullen parecem tensos. As garotas e os garotos voltam para dentro da casa, mas posso ouvir que estão na sala. Edward ainda está na varanda, possivelmente lendo a mente de todos. Só resta a Esme e o Carlisle ao lado da humana e de mim, e o Edward na varanda. Por que ele não se aproxima?

— Sei sim, mas não colocaria a Sam em um lugar daqueles. Ela gosta do carro e eu o comprei especialmente para ela. Se me der licença eu vou pegar os papéis.

Eu poderia facilmente fazer com que ele visse apenas os papéis ou jogar charme para cima dele e o deixar babando, mas acho que os Cullen se importam com ele também e eu já comete alguns erros em menos de uma hora. Abro a porta do carro e a Sam levanta a cabeça me encarando, ela me manda uma imagem de nos duas de volta a estrada. Posso sentir e ouvir os humanos dando um passo para trás.

— Já estamos indo sim, querida. Apenas mais alguns minutos. — Me inclino e pego os papéis no porta luvas. — Aqui? — Lhe entrego os papéis e ele parece vermelho. O que não ajuda já que consigo ouvir as batidas aceleradas de seu coração e o sangue preenchendo suas bochechas. Passo a língua por meus lábios e tendo não deixar o veneno pingar por eles, minha boca está cheia dele.

Ele examina os papéis por mais tempo do que deveria ser necessário, até mesmo para um humano. Ele me devolve.

— Bem, desculpe o incomodo.

— Imagina, sempre acontece. Eu viajo muito e sempre tem alguém que vê a Sam e chama a polícia, afinal é a coisa certa a se fazer. Eu poderia ser um traficante de animais.

— Você não se parece com nenhum tipo de criminoso que eu já tenha visto. — Lhe dou o meu melhor sorriso, apenas para ver ele corar novamente e seu sangue disparar por suas veias. Então é isso? É por isso que ele está tão vermelho, mesmo sem tentar estou deixando ele encantado. Como eu sempre digo: a beleza deixa os homens burros.

— É por isso que eu seria perfeita. — Dou um sorriso discreto para os Cullen que pegaram a minha piada interna, mas não riram, bem pelo menos não os que estão na minha frente, posso ouvir o sorrido do Emmett e até mesmo o do Jasper, pelo menos acho que seja dele, se fosse o Edward seria mais perto. — Foi um prazer conhece-lo, não vou incomodar mais a população de Forks com a Sam, estou voltando para Detroit hoje mesmo.

— Bem, preciso voltar a delegacia. — Ele vira para a humana e a abraça. — Até mais, querida. Quatro horas, lembre.

— Na verdade, Bella você deveria ir com o seu pai. — Edward se aproxima e a beija na testa. Posso sentir que há uma troca de olhares entre eles. Ele não vai querer ela por perto. Estou muito encrencada.

— Tudo bem, até depois. — Ela entra no carro com o pai e podemos ver o carro saindo da clareira.

Edward segura o meu braço com força e quase me joga contra o meu carro. Ele é mais velho e consequentemente mais forte do que eu, mas eu nunca jogo limpo. Antes que ele possa arrancar o meu braço, dou uma descarga de energia por seu corpo, o deixado paralisado.

É um dom muito útil que adquiri anos atrás no Alasca.

— O que você fez com a Bella? — Posso ouvir sua voz fraca pelo choque. Tiro sua mão do meu braço e me encosto em meu carro, agora cercada por todos os Cullen.

***

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