Edward

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Olá, pessoal!

Desculpem não ter postado nada ontem, mas não tive tempo.

Obrigada pelos comentários e pelos votos, espero que estejam gostando e que compartilhem com os amigos e me sigam nas minhas redes sociais.


28. Edward

Encontrá-lo foi a coisa mais fácil que já fiz em toda minha pós vida e para um vampiro existem poucas coisas difíceis. Foi como se cada um de seus sentimentos me chamassem, gritassem por mim. Corri o mais rápido que pude, aquelas sensações eram arrasadoras, presumir que Victoria já houvesse concluído sua missão. Que a humana não estava mais viva.

Mas não é isso que encontro. Quando chego ao pequeno acampamento posso ver de longe a barraca azul. O cheiro dele está parcialmente encoberto pela neve, mas é claro o rastro que ele deixou. Ele está por perto. Dou dois passos para o lado e posso ouvir o lobo e a humana em uma conversa um tanto sentimental demais para apenas amigos.

Me afasto com cuidado para que eles não me escutem e sigo o rastro do Edward por entre as árvores e a neve.

O encontro alguns metros da barraca, ainda posso ouvir os humanos conversando. Ele parece desolado, muito entristecido, mas ainda assim irradia uma raiva irracional.

Os sentimentos que estava sentindo com certeza não é o que está o afligindo agora, está perto, mas ainda não. O que eu senti foi o futuro, seus sentimentos do futuro?

— Edward? — Chamo seu nome. Ele já sabia que eu estava me aproximando, deve ter sentido meu cheiro e ouvido meus passos há alguns metros. Ele rosna e vira para a minha direção, mas não está olhando para mim, olha através de mim, para a barraca.

A humana diz para o lobo beijar ela e ele o faz. O som dos lábios deles parece tão errado, tão sujo que se sobrepôs a todos os outros sons.

— O que? — Viro para a barraca. Só posso estar ouvindo errado. A humana, a humana dele acabou de beijar outra pessoa.

Viro para ele outra vez. Seus pulsos estão cerrados. Seus dentes trincados. Ele não move um único músculo. Não fez menção alguma de ir impedir ou tomar qualquer atitude quanto a isso. Ele ficaria ali sofrendo. Sozinho.

— Isso não pode estar acontecendo. O que ela está fazendo? — Aponto na direção dos dois, ainda envoltos em seus beijos, nem mesmo um segundo havia se passado. — Você vai ficar aí? Não vai fazer nada? Depois de tudo? Mesmo sua família se arriscando por ela? Isso é tudo que...

— Calada! — Seus dentes rangem, formando um som brutal e selvagem. — Você não sabe os motivos dela. Eu mereço isso.

— Não, não merece. — Me aproximo dele. Em um segundo estou em sua frente. Quase colada a ele. Ele dá um pequeno passo para traz mais não o deixo ir muito longe.

Como ela pôde fazer isso? Ainda mais assim tão perto. Sabendo que ele ouviria tudo. Que ele possivelmente está ouvindo os pensamentos do lobo e dela? Como ela pode trai-lo de forma tão clara e cruel?

— Ela não merece você. Não merece o sacrifício que você faz todos os dias para mantê-la viva. A dor que você sofre por ela. Isso? Sua família está lá embaixo e todos sabem que Victoria quer a ela.

— Você não sabe o motivo para isso? É culpa minha, eu a coloquei em perigo, eu a trouxe para esse mundo. Eu....

— Você apenas a amou. — Seguro sua mão. Sua pele macia e o calor de tocar alguém na mesma temperatura não me passa despercebido. Tocar ele forma uma corrente elétrica que se espalha por todo meu corpo de forma gloriosa. — Isso não foi um erro. O que ela está fazendo agora é um erro. Ela não vai deixar você, está apenas...

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